01/09/2020 às 09h09min - Atualizada em 01/09/2020 às 08h30min

Combatendo qualquer tipo de discriminação através do voto

Leopoldinenses usam redes sociais para conscientizar população contra a eleição de candidatos que apoiem qualquer tipo de pauta preconceituosa

Luciano Baía Meneghite
Fotomontagem: Luciano Baía Meneghite
Dizer que em cidades menores como Leopoldina vemos todo tipo de preconceitos, discriminações e desrespeito à dignidade humana até mais que em grandes capitais é até meio óbvio, embora muitas vezes de forma velada.

Também já está mais que escancarado o quanto a manipulação das redes sociais foi responsável pelo crescimento assustador não só de discursos de ódio, quanto de crimes de fato contra raças, credos, orientações sexuais, xenofobia. Muitos  com a participação ou omissão de autoridades. É um fenômeno mundial e infelizmente forte no Brasil. Leopoldina é Brasil.

A naturalização de comportamentos antisociais, grosseiros, criminosos, vindos principalmente dos ditos representantes do povo, vem assustando parte da população mais esclarecida e em todo o Brasil tem surgindo movimentos organizados ou manifestações pessoais,que buscam também através das redes sociais reagir e conscientizar  os eleitores da importância de se escolher candidatos que não  pratiquem ou não tenham nenhum vinculo com quem pratique ou propague qualquer tipo de violência e discriminação.

Certos temas considerados tabus em cidades do interior, hoje são discutidos mais abertamente. A transmissão ao vivo em vídeo das reuniões da Câmara Municipal, por exemplo, expôs muito mais os parlamentares leopoldinenses às criticas. Isso é positivo. Claro que há exageros e falta de conhecimento do funcionamento dos poderes por grande parte dos eleitores, mas há uma parcela mais atenta que sabe identificar o que há de fato de negativo e positivo.

Até há bem pouco tempo, uma palavra mal escolhida, uma frase infeliz, podia enterrar uma carreira. Hoje o volume de informações é tão grande que uma polêmica em torno de um assunto dura alguns dias ou algumas horas e logo é substituida por outra. Não há tempo e parece não haver interesse de se aprofundar em nenhum assunto.

Não sabemos se campanhas como “Leopoldina sem LGBTfobia” ou ações de grupos como  o Movimento Negro, entre outros  vão surtir grande efeito nas próximas eleições, mas é um caminho para termos melhores representantes.
 


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