04/09/2020 às 12h19min - Atualizada em 04/09/2020 às 12h19min

Diocese de Leopoldina celebra os 15 anos do projeto ‘Amigos do Seminário’

Assessoria de Imprensa da Diocese de Leopoldina
Dom Edson Oriolo e o padre João Victor Melo Martins, durante a live da campanha 'Amigos do Seminário'.

A Diocese de Leopoldina foi criada há 78 anos e, desde os seus primórdios, existiam dificuldades pastorais quanto à falta de padres para atender o extenso território deste sudeste mineiro. A formação nesta região sempre foi um dos desafios para o episcopado, que recorria a  outras circunscrições eclesiásticas para a preparar seus seminaristas.

Atualmente, este trabalho é complexo e oneroso, exigindo grandes esforços das dioceses, que custeiam os estudos dos candidatos ao sacerdócio. Na Igreja particular de Leopoldina, desde 2005, foi criado pelo então bispo dom Dario Campos o projeto ‘Amigos do Seminário’, liderado à época pelo padre Carlos Roberto Moreira, reitor do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe, e adotado pelo ‘Apostolado da Oração’, movimento da Igreja Católica muito abrangente na área episcopal da Diocese de Leopoldina.

Para celebrar os 15 anos desta iniciativa, o atual bispo diocesano, dom Edson Oriolo, formou uma equipe composta por seminaristas, padres e leigos com o objetivo de fortalecer o projeto, que possibilitará a formação de novos sacerdotes, além de capacitar o clero diocesano, pela formação permanente. Outros movimentos da Igreja como o Terço dos Homens, Cursilhos de Cristandade, Mães Que Oram pelos Filhos e Schoenstatt (Mãe Peregrina) também abraçaram a causa e somarão forças para ajudar a Diocese de Leopoldina ampliar a campanha.

A nova fase do ‘Amigos do Seminário’ foi celebrada com uma live, de aspecto comemorativo e promocional, como forma de sensibilizar a todos sobre a importância da campanha. O evento aconteceu no dia 31 de agosto de 2020, no salão da residência episcopal, conduzida por dom Edson Oriolo e pelos padres João Victor Martins, coordenador do projeto “Amigos do Seminário” e Agnaldo dos Reis Ferraz, coordenador da equipe de suporte da Cúria Diocesana, sendo marcada pela interatividade do público, que teve a oportunidade assistir os depoimentos do padre Carlos Roberto Moreira, um dos precursores da campanha; do padre Edmilson Ferreira, formador do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe e dos testemunhos dos seminaristas Márcio Júnior e Henrique Araújo.

O PROJETO

Como família nós cuidamos uns dos outros. Em um mundo conturbado com tantas incertezas, a Igreja através de seus sacerdotes, anuncia a Misericórdia do Pai. Como família também precisamos cuidar para que a formação dos nossos sacerdotes aconteça.

Nossos Seminários são parte desta família, onde estamos formando os futuros sacerdotes de nossa Diocese. Um bom Padre, além de toda formação intelectual, também precisa da formação espiritual, afetiva, psicológica, missionária para que possa estar bem preparado na vocação que ele abraçou. Vocação de servir a Deus e aos membros de sua Família no serviço da Igreja.

O projeto “Amigos dos Seminários” visa justamente essa formação, dos atuais e futuros padres da nossa Família, Diocese de Leopoldina. Os integrantes do projeto se tornam, de fato, amigos do seminário, participando ativamente da vida das casas de formação sacerdotal, com orações, doações e presença efetiva em visitas, eventos e celebrações relativas à formação sacerdotal em nossa Igreja Particular.


Dom Edson Oriolo, ladeado pelos padres Agnaldo do Reis Ferraz (E) e João Victor Melo Martins

COMO POSSO AJUDAR?

A primeira e principal contribuição é a ORAÇÃO! Depois também podemos ajudar através de contribuições livres e voluntárias, na formação dos seminaristas e do clero. Essa colaboração auxilia nos investimentos realizados para a formação dos seminaristas Propedeutas, dos cursos de Filosofia e de Teologia e na formação do clero.

As contribuições mensais dos “Amigos do Seminário” são de grande valor para nossa diocese, investir na formação de novos padres que ficarão a serviço do povo de Deus nas paróquias. Além disso, os Amigos do Seminário são nossa família e estão sempre em nossas orações.

Acesse o link abaixo e seja também um Amigo do Seminário. As contribuições são à partir de R$10,00 mensais.

https://forms.gle/HZGHpdWhY2RZm2k77

 

CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1944, após a chegada do primeiro bispo diocesano, dom Delfim Ribeiro Guedes, deu-se início ao pré-seminário, na Paróquia da Barra, em Muriaé (MG). Em 1948 foi fundado o Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, que funcionou no Ginásio Leopoldinense e na casa paroquial da Catedral de São Sebastião, em Leopoldina (MG). No mesmo ano, diocese adquire a Chácara da Boa Vista, no bairro Seminário, em Leopoldina


Chácara da Boa Vista, onde foi construído o Seminário Nossa Senhora Aparecida 

Ao longo de sua história, o seminário menor da diocese de Leopoldina foi fechado e reaberto por motivos diversos, entre eles a dificuldade de se manter uma estrutura para abrigar os seminaristas, que recorriam a grandes centros para estudar. Hoje com o nome de Seminário Propedêutico Santa Rita de Cássia, está instalado no município de Muriaé, mas já funcionou em Cataguases, Astolfo Dutra e Visconde do Rio Branco.

O Seminário Maior surgiu da necessidade da Diocese de Leopoldina ter a sua própria casa de formação, pois, em 1988, o Seminário Santo Antônio, localizado em Juiz de Fora (MG), passaria a ser apenas um local de estudos, tendo as dioceses a incumbência de providenciar a moradia e gestão da formação de seus seminaristas.

Dessa forma, o então bispo diocesano, dom Sebastião Roque, decidiu comprar um imóvel em Belo Horizonte, com o objetivo de construir uma residência que abrigaria os seminaristas. Durante o ano de 1989 alguns seminaristas estudaram em Belo Horizonte, residindo num imóvel alugado pela diocese, no entanto, outros continuaram seus estudos em Juiz de Fora.

Com a transferência de dom Roque, o Monsenhor Waltencyr Alves Rodrigues foi eleito administrador diocesano. Em comum acordo com o Colégio de Consultores, acatou a sugestão da diocese assumir a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Juiz de Fora, próximo a uma residência onde os seminaristas ficariam hospedados. O padre David José Reis foi indicado pároco e formador dos seminaristas, que estudavam no Seminário Maior Santo Antônio.

Com a chegada de dom Ricardo Chaves Pinto Filho, em 1990, ficou decidido que os seminaristas estudariam, novamente, em Belo Horizonte, onde foi alugado um apartamento próximo a PUC – Pontifícia Universidade Católica. Mais tarde a diocese viria adquirir um novo imóvel. Surge então o nome do novo seminário: Nossa Senhora de Guadalupe, cujo primeiro reitor foi o padre Paulo Arrighi Franco.

Em 1996, dom Ricardo é promovido arcebispo de Pouso Alegre. O padre José Antônio Alvarez Muniz foi eleito o novo administrador diocesano e constatou a resistência de muitos seminaristas de nossa região para morar em Belo Horizonte. Com isso, a maioria do clero decidiu pela transferência do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe para Juiz de Fora, mas apenas no ano de 2000, após a venda do imóvel em Belo Horizonte, a Diocese de Leopoldina conseguiria adquirir seu próprio imóvel, no bairro Grambery, onde foi inaugurada a sua nova casa, tendo como reitor o padre Carlos Roberto Moreira.

Posteriormente, os cursos de filosofia e teologia foram incorporados ao CES – Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora,  hoje, Uniacadimia – Centro Universitário, cujas aulas são ministradas na sede do Seminário Santo Antônio. Atualmente, o padre Edmilson Ferreira é o reitor do seminário Nossa Senhora de Guadalupe.


Seminário Nossa Senhora Aparecida na década de 1960


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »