09/09/2020 às 18h19min - Atualizada em 09/09/2020 às 18h19min

Após 50 anos, Seminário Diocesano será reaberto em Leopoldina.

A expectativa é de que, no próximo ano, o Seminário Diocesano receba mais 19 candidatos que estão participando dos encontros vocacionais.

Imprensa-Diocese de Leopoldina
Vista aérea do Centro Pastoral Dom Reis onde funcionará o Seminário
O bispo da Diocese de Leopoldina, dom Edson Oriolo, anunciou na tarde desta quarta-feira, 09 de setembro de 2020, após reunião com o Colégio de Consultores, a reabertura do seminário diocesano no município de Leopoldina (MG). A decisão levou em consideração diversos fatores, como a necessidade de proximidade do bispo com o processo de formação, o investimento de uma identidade para o seminário da Diocese, aproveitando estrutura que foi construída para essa finalidade, com capacidade de 100 residentes, possuindo ainda salão de eventos, refeitório, estacionamento e área de lazer.

Atualmente, a Igreja Particular de Leopoldina, presente em 34 municípios da Zona da Mata Mineira, abriga 4 propedeutas e 12 seminaristas maiores, estudantes de filosofia e teologia. A expectativa é de que, no próximo ano, o Seminário Diocesano receba mais 19 candidatos que estão participando dos encontros vocacionais, fase preparatória para o ingresso no seminário propedêutico, funcionando concomitantemente com o Centro Pastoral Dom Reis.

No seminário propedêutico, os jovens candidatos ao ministério presbiteral recebem acompanhamento de um formador para o desenvolvimento de qualidades, aptidões cristãs e humanas, tendo ainda suporte psicológico para o amadurecimento nas dimensões pastoral, intelectual e espiritual.

Passando por esta fase, o vocacionado ingressa no seminário maior, onde frequentam os cursos de filosofia e teologia, além de auxiliar os trabalhos pastorais da Diocese de Leopoldina, passando por uma série de preparações como candidato ao diaconato e, posteriormente, ao sacerdócio.

História

No dia 28 de março de 1947, a diocese adquiriu a Chácara da Boa Vista, no bairro Seminário, em Leopoldina, para construir o Seminário Diocesano, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 27 de novembro de 1947, data essa considerada o marco inicial do Seminário Diocesano. No início de suas atividades, funcionou provisoriamente nas dependências do Ginásio Leopoldinense e da Casa Paroquial do Curato da Catedral de São Sebastião, sendo inaugurado em 1948, como o nome ‘Nossa Senhora Aparecida’, cujo primeiro reitor foi o padre Guilherme de Oliveira, nomeado pelo bispo diocesano, dom Delfim Ribeiro Guedes. No dia 04 de abril de 1949, dom Delfim nomeia como reitor o cônego Pedro Dias Moreira, que permaneceu até 1953, quando o cônego José Ribeiro Leitão assume as atividades.Com a conclusão das obras em 1950, os seminaristas foram transferidos para o prédio definitivo. Em 1954, as atividades foram paralisadas e retomadas em 1957, sob direção de Monsenhor Antônio José Chámel.

Entre 1965 e 1970 ocuparam a reitoria os seguintes sacerdotes: Pe. Venício Santos Silva, Pe. Élcio Ferreira, Pe. Pedro Lopes de Lima e, finalmente, o diácono Carlos Alberto Cruz Nogueira. Em 1970, as atividades do Seminário Nossa Senhora Aparecida foram encerradas.

Ao longo de sua história, o Seminário Menor da Diocese de Leopoldina foi fechado e reaberto por motivos diversos, entre eles a dificuldade de se manter uma estrutura para abrigar os seminaristas, que recorriam a grandes centros para estudar. Hoje com o nome de Seminário Propedêutico Santa Rita de Cássia, está instalado no município de Muriaé, mas já funcionou em Cataguases, Astolfo Dutra e Visconde do Rio Branco.

O Seminário Maior surgiu da necessidade da Diocese de Leopoldina ter a sua própria casa de formação, pois, em 1988, o Seminário Santo Antônio, localizado em Juiz de Fora (MG), passaria a ser apenas um local de estudos, tendo as dioceses a incumbência de providenciar a moradia e gestão da formação de seus seminaristas.

Dessa forma, o então bispo diocesano, dom Sebastião Roque, decidiu comprar um imóvel em Belo Horizonte, com o objetivo de construir uma residência que abrigaria os seminaristas. Durante o ano de 1989 alguns seminaristas estudaram em Belo Horizonte, residindo num imóvel alugado pela Diocese de Leopoldina, no entanto, outros continuaram seus estudos em Juiz de Fora.

Com a transferência de dom Roque, o Monsenhor Waltencyr Alves Rodrigues foi eleito Administrador Diocesano. Em comum acordo com o Colégio de Consultores, acatou a sugestão da Diocese de assumir a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Juiz de Fora, próximo a uma residência onde os seminaristas ficariam hospedados. O padre David José Reis foi indicado pároco e formador dos seminaristas, que estudavam no Seminário Maior Santo Antônio.

Com a chegada de dom Ricardo Chaves Pinto Filho, em 1990, ficou decidido que os seminaristas estudariam, novamente, em Belo Horizonte, onde foi alugado um apartamento próximo a PUC – Pontifícia Universidade Católica. Mais tarde a Diocese viria adquirir um novo imóvel. Surge então o nome do novo seminário: Nossa Senhora de Guadalupe, cujo primeiro reitor foi o padre Paulo Arrighi Franco.

Em 1996, dom Ricardo é promovido a arcebispo de Pouso Alegre. O padre José Antônio Alvarez Muniz foi eleito o novo Administrador Diocesano e constatou a resistência de muitos seminaristas de nossa região para morar em Belo Horizonte. Com isso, a maioria do clero decidiu pela transferência do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe para Juiz de Fora, mas apenas no ano de 2000, após a venda do imóvel em Belo Horizonte, a Diocese de Leopoldina conseguiria adquirir seu próprio imóvel, no bairro Grambery, onde foi inaugurada a sua nova casa, tendo como reitor o padre Carlos Roberto Moreira.

Posteriormente, os cursos de filosofia e teologia foram incorporados ao CES – Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora,  hoje, UniAcademia – Centro Universitário, cujas aulas são ministradas na sede do Seminário Santo Antônio. Atualmente, o padre Edmilson Ferreira é o reitor do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe.


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