14/11/2020 às 11h48min - Atualizada em 14/11/2020 às 15h03min

Porque não um parque no antigo orfanato?

A área aos pés do Morro do Cruzeiro deveria ser tombada como patrimônio natural. (Foto: Luciano Baía Meneghite)
Luciano Baía Meneghite

Época de eleições aparecem mil ideias mirabolantes prometendo melhorar a cidade.  Mesmo não sendo candidato a nada também vou falar de uma ideia que para alguns também pode parecer meio longe da realidade, mas que não acho difícil de sair do papel.

Há alguns anos escrevemos sobre a necessidade de reflorestamento das encostas do Morro do Cruzeiro com árvores nativas da Mata Atlântica. Na verdade, segundo pessoas ligadas a área ambiental o ideal seria o reflorestamento de todas as áreas possíveis do município, o que melhoraria o clima quente de Leopoldina. 

Recentemente publicamos aqui no Leopoldinense Online a matéria
Ruínas do antigo orfanato escondem histórias emocionantes com 
a história da instituição e alguns depoimentos que foram seguidos de muitos comentários dada a grande repercussão.


Ruínas do antigo casarão que foi sede do orfanato (Foto: Luciano Baía Meneghite/Arquivo)

Como lembramos na matéria, após alguma polêmica entre os antigos responsáveis pelo orfanato, em 2013 o terreno de 115 mil metros quadrados no entorno da sede e outras propriedades menores acabaram sendo revertidos para o patrimônio da Casa de Caridade Leopoldinense, como dizia os estatutos originais, uma vez que fosse extinto o orfanato.  

Recentemente o hospital colocou em leilão  parte do terreno, mas ao que parece, não apareceram interessados.

Com exceção da parte mais baixa, próxima as avenidas Getúlio Vargas e Jehu Pinto de Faria, o restante do terreno é muito acidentado com muitas pedras. Construir ali é caro. Além do que destruiria um local que deveria ser tombado como patrimônio natural.


Vista aérea do local (Foto: João Gabriel Baía Meneghite/arquivo)

A área daria um lindo parque, com trilhas de caminhada, entre outros atrativos, quem sabe até gerando renda para o hospital.  De imediato teria que haver uma limpeza, reabertura de acessos e o plantio de árvores nativas, que poderia ser feito em mutirão com a devida orientação técnica. Numa segunda etapa, poderia, quem sabe se reconstituir a sede do orfanato, funcionando como um restaurante, um museu ou sede de alguma entidade ou órgão ambiental.

Não acho que tal iniciativa custaria milhões. Quem sabe com uma parceria com o IEF-Instituto Estadual de Florestas, o próximo governo municipal, a Casa de Caridade, outras entidades e a população em geral, essa ou outra ideia melhor sairia do papel. Não pode é uma área como aquela permanecer sem nenhum uso e sendo maltratada por incêndios criminosos.

As encostas do Morro do Cruzeiro, na Serra dos Puris. Constantemente vítima de incêndios(Foto: Luciano Baía Meneghite/Arquivo)

A cidade vista da trilha de acesso ao antigo orfanato (Foto:Luciano Baía Meneghite)


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