01/04/2021 às 10h46min - Atualizada em 01/04/2021 às 10h46min

Casa da família de Fernando Sabino em Leopoldina

No local teria funcionado a primeira sorveteria de Minas Gerais

Luciano Baía Meneghite
Tela de Luiz Raphael Domingues Rosa- Acervo de Arlene Carvalho
Casa da família Sabino Localizada na esquina da rua 1° de Março (atual rua Gabriel Magalhães) e o Largo Visconde do Rio Branco (atual praça Professor Botelho Reis, a popular “Praça do Ginásio”).

O escritor Fernando Sabino escreveu em seu livro “O Grande Mentecapto” publicado em 1979:

“Meu avô Nicolau, italiano de nascença, era dono do Salão Recreio, um bar com pitoresco caramanchão na antiga rua 1 ° de Março, local também conhecido como praça do Ginásio, com uma tabuleta à entrada em que, para não vender fiado, ele se valia da célebre advertência de Dante:

"Lasciate ogni speranza voi ch'entrate."

Importava barris de Chianti da Itália e foi o introdutor do sorvete em Minas Geráis, no ano de 1892, para o que fazia vir do Rio, pela Estrada de Ferro Leopoldina, blocos de gelo encaixotados e protegidos por serragem (a metade se derretia pelo caminho). E meu pai, seu Domingos, (antes de casar-se com a suave dona Odette), inspirado mais pelo vinho que pelo sorvete, juntou-se a um farmacêutico de nome João Teixeira e abriu uma fábrica de Soda e de Água de Selters - precursora, portanto, da alka-seltzer. Dos dois feitos muito me orgulho. Perdão, leitores.”


No livro o escritor narra a passagem do fictício personagem Geraldo Viramundo pela  terra natal de seus pais  em que ele, Fernando passava as férias.

Luiz Eugênio Botelho em seu livro "Leopoldina de Outrora" de 1961 já havia registrado sobre o comércio de Nicolau Sabino. Ele afirma que no local também havia tiro ao alvo e era frequentado pela elite da época.


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