23/08/2021 às 08h39min - Atualizada em 23/08/2021 às 08h39min

Jornal Leopoldinense chega aos 18 anos com circulação ininterrupta

Existe uma grande preocupação da editoria em priorizar e destacar as notícias boas de Leopoldina, sem, contudo, deixar de criticar quando é necessário.

Luiz Otávio Meneghite
Quando convidei a jornalista Fernanda Espíndola para escrever sobre a chegada do Jornal Leopoldinense aos 18 anos de idade a intenção foi apenas fazer um registro da data, mas a repercussão da publicação foi tão grande e positiva nas redes sociais que confesso a minha emoção com as palavras de carinho e incentivo recebidas dos leitores tanto no site do jornal quanto em minha página pessoal no Facebook.
 
O Jornal Leopoldinense foi fundado em 23 de agosto de 2003 com o nome jurídico de Grupo Leopoldinense de Notícias Ltda, começando a circular imediatamente. Recém-saído da Gazeta de Leopoldina, que dirigi por exatos 5 anos, obtive o apoio fundamental do saudoso e laureado jornalista José Barroso Junqueira e do saudoso e brilhante advogado José do Carmo Machado Rodrigues, que ofereceram todo o suporte necessário ao registro do periódico e a sua entrada em circulação ininterrupta, passados 18 anos. A edição nº 424, com data de capa de setembro de 2021, marcará o início da caminhada no ano XIX.
 
Como assinalou à época da fundação o colaborador José do Carmo Machado Rodrigues, “o veículo de comunicação surgiu como fruto promissor e instrumento de uma nova postura editorial responsável, que representa uma tomada de posição por pessoas que se pretendiam capazes, construtivas, solidárias, livres e afinadas num mesmo ideal fraterno de serviço à nossa comunidade”. José Barroso Junqueira por sua vez criou o slogan que até os dias atuais sai junto com o título do jornal, “A consciência crítica da cidade”. Como editor e jornalista responsável eu defini que o periódico não teria lado político e assim permanece até os dias atuais.
 
O Leopoldinense é um jornal de circulação local, porém existem assinantes espalhados por todo Brasil. São centenas, tanto em Leopoldina quanto fora da cidade. São leopoldinenses que moram fora e que matam a saudade de sua terra lendo o jornal, que é enviado pelos correios para diversos estados.
 
A sua periodicidade, no princípio de suas atividades, era mensal; depois se tornou quinzenal. Em decorrência da pandemia da Covid-19 voltou a ser mensal, mas mantém a pontualidade e circula todo dia 1º de cada mês. Essa pontualidade torna o jornal o mais procurado para a publicação de editais, balancetes e outras publicidades que tenham data certa para sair.
 
Com a evolução da internet, em abril de 2009, portanto, há 12 anos, por iniciativa de  meu filho mais novo, João Gabriel Baia Meneghite, foi criada a versão online do Jornal Leopoldinense no site www.leopoldinense.com.br , que vem sendo aprimorado a cada dia graças  à participação efetiva de seu irmão Luciano Baia Meneghite, sendo o primeiro jornal online de Leopoldina atualizado diariamente com noticiário preferencialmente local, charges e um grande acervo de fotos antigas que formam a Memória Leopoldinense.
 
Existe uma grande preocupação da editoria do Jornal Leopoldinense em priorizar as notícias realmente relevantes de Leopoldina, destacando as boas notícias,contudo sem deixar de criticar quando é necessário. As charges do Luciano com pouquíssimas ou nenhuma palavra dos personagens focados na maioria das vezes falam mais do que muitos textos.
 
Durante esses 18 anos muitas conquistas foram alcançadas em benefício da sociedade leopoldinense com matérias críticas e reivindicatórias.  Relaciona-las aqui ocuparia um espaço muito grande, mas quem acompanha a trajetória do periódico se recorda de vários episódios.
 
Também, durante esses 18 anos, a história de Leopoldina tem sido contada pelos pesquisadores e historiadores José Luiz Machado Rodrigues e Nilza Cantoni, que registram principalmente os personagens que ajudaram a construir Leopoldina, a imigração italiana e os jornais que contaram, cada um a seu tempo, a evolução do Município de Leopoldina. Vários colunistas escreveram seus artigos e crônicas em suas páginas como Nelson Vieira Filho, o Dr. Nelsinho, Plínio Fajardo Alvim, Sérgio Domingues França , Alair Ribeiro, Max Alan, Hudson Rodrigues de Jesus e os saudosos Joseph Capdeville Gribel, Ely Rodrigues Netto, Douglas Rodrigues Junqueira, José Hildebrando “Xumbinho” entre outros.  Atualmente recebemos a colaboração do poeta Waldemar Pedro Antônio, do cronista Edson Gomes Santos, do historiador Paulo Lúcio Carteirinho,  da economista Marceli Werneck e da colunista social e cronista Maria José Baía Meneghite
 
Ao longo desses 18 anos, o Jornal Leopoldinense foi alvo de várias ações judiciais, algumas delas com o nítido propósito de prejudicar sua trajetória e seu objetivo principal de ser “A consciência crítica da cidade”. Tanto é que, certa feita, um político local disse em reunião com seus assessores que “mataria o jornal por inanição”. Traduzindo, ele quis dizer que acionaria judicialmente o jornal tantas vezes que seus editores não teriam condições de pagar advogados para se defenderem e acabariam fechando as portas. Para tentar alcançar seus propósitos eles lançaram mão até de ‘laranjas’ como autores de ações.
 
Felizmente, ainda não obtiveram êxito e o Jornal Leopoldinense atinge seus 18 anos com o apoio de seus anunciantes, assinantes e leitores que o adquirem nas bancas. Com o advento da pandemia da Covid-19, enfrentamos a pior crise dos jornais impressos, com várias empresas finalizando suas atividades, devido também à grande revolução das mídias e temos a satisfação de afirmar que em uma cidade interiorana preservamos a tradição da circulação de um jornal impresso. Até quando, só Deus pode determinar.
 
Para sobreviver a essa crise, contamos com a colaboração de nossos anunciantes e incentivados pelos leitores trabalhamos com afinco reinventando e aprimorando a forma de trabalhar.
 
Obrigado a todos pelo carinho e palavras de incentivo!


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