02/10/2021 às 10h35min - Atualizada em 02/10/2021 às 10h35min

Leopoldina teve 39 óbitos por infecção do COVID-19 em 2020 e 115 mortes em 2021

Os números constam dos boletins oficiais divulgados diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina.

Luiz Otávio Meneghite (*)
Cemitério de Leopoldina tem 154 mortos pela COVID-19. (Foto de Luciano Baía Meneghite)
O Boletim Epidemiológico de Leopoldina divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina, datado de 23 de abril de 2020, registrou o primeiro caso de óbito em investigação aguardando o resultado de exame para confirmar ou não se a morte foi em decorrência de infecção pela COVID 19, o novo Coronavírus.

Daquela data até 31 de dezembro de 2020 foram registrados oficialmente 39 óbitos causados pela pandemia. A partir de 1º de janeiro de 2021 e até o dia 1º de outubro de 2021 o boletim oficial da Secretaria Municipal de Saúde registrou mais 115 mortes causadas pela COVID-19 e existe um novo óbito em processo de investigação.

O total de mortes em decorrência da COVID-19 em Leopoldina, portanto, segundo os dados oficiais, é de 154 no período de 23 de abril de 2020 a 1º de outubro de 2021.

Apesar da vacinação promovida pelo Ministério da Saúde em combinação com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina ter se intensificado em 2021, as mortes ocorreram em maior número neste ano.

Outro número que chama a atenção é o de casos confirmados até 31 de dezembro de 2020 que foram oficialmente registrados: 1.538. O boletim de 1º de outubro de 2021 registrou que o número de pessoas testadas positivo para Covid-19 desde o início da pandemia avançou para 5.977, uma diferença de 4.439 entre 2020 e 2021.

Houve um período em que até barreiras sanitárias foram criadas nas entradas de Leopoldina, cidade situada à margem da Rodovia Rio-Bahia. Os protocolos sanitários obedeciam às normas vindas de cima para baixo com a criação de ondas coloridas: amarela, vermelha, roxa.

Houve o fechamento de lojas e o desemprego foi uma das consequências das restrições por elas impostas com o intuito de proteger a saúde da população. Mas, aconteceu um grande mal nisso tudo: politizaram a doença, a compra de vacinas e outras ações que em nada ajudaram a diminuir a pandemia.

Teve político que afirmava todos os dias em que eram enviados os imunizantes para os municípios que “nunca antes na história deste estado houve tanta vacinação” ou “esta é a maior vacinação da história”.

Infelizmente, por trás dos panos, muita coisa errada aconteceu e a CPI em andamento no Senado Federal a cada dia traz uma revelação bombástica, deixando claro que enquanto uns realmente se preocupavam com a saúde das pessoas, outros pensavam no próprio bolso, enriquecendo à custa de muitas mortes.

Paralelo a tudo isso, veio a fome amenizada por movimentos sociais, doações de cestas básicas e ações anônimas praticadas por pessoas do bem, que felizmente, ainda existem. Ações sociais que dependem do serviço público poderiam ser mais ágeis, mas existe a burocracia no meio do caminho e a fome não espera e também mata.
 
(*) Fonte de informações> Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina e Arquivo do Jornal Leopoldinense


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