09/12/2021 às 12h54min - Atualizada em 09/12/2021 às 12h54min

Diocese de Leopoldina encerra o Ano de São José com instalação de um santuário

A Diocese de Leopoldina dá mais um passo importante em sua caminhada evangelizadora, elevando a Igreja Matriz São José Operário, localizada em Leopoldina (MG), a santuário diocesano. O decreto foi assinado por dom Edson Oriolo, que presidiu eucaristia realizada na noite desta quarta-feira, 08 de dezembro de 2021, na Solenidade da Imaculada Conceição.

De modo especial, a data escolhida para instalação do santuário faz referência ao encerramento do Ano de São José, instituído pelo papa Francisco, a fim de refletir melhor sobre a vida do pai nutrício de Jesus, que foi declarado padroeiro universal da Igreja Católica.

O santuário é um local de peregrinação, tornando-se, por excelência, um lugar de encontro, onde todos os cristãos são chamados a participar das celebrações dos Sacramentos da Reconciliação, da Eucaristia e, sobretudo, da proclamação da Palavra de Deus.

Agora, a Igreja particular de Leopoldina conta com dois santuários diocesanos. O mais antigo fica localizado no município vizinho de Cataguases, cuja paróquia foi criada no dia 10 de outubro de 1851. Apenas em 07 de julho de 1996 a Igreja Matriz Santa Rita de Cássia foi elevada a santuário, pelo então bispo diocesano, dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho.

O Santuário de Leopoldina é considerado um dos templos católicos mais espaçosos da região, onde muitos devotos de São José Operário expressam a sua fé. É também um local de efetiva participação das pastorais e movimentos da Igreja, que promovem encontros diocesanos para louvar, reverenciar e agradecer a Deus.

Durante a cerimônia, dom Edson deu posse ao padre Valtenir Lima e Silva como primeiro reitor do santuário. Também o nomeou como pároco, já que o sacerdote exercia a função de administrador paroquial. Padre Valtenir foi o responsável por encaminhar um pedido da comunidade, numa reunião realizada com o bispo em fevereiro deste ano.

Em homilia, o bispo explicou alguns fatores que contribuíram para sua decisão de elevar a Igreja matriz a santuário, citando, entre outras justificativas, a vitalidade pastoral da paróquia, a devoção dos leopoldinenses a São José Operário, a visitação recorrente de fiéis de outras localidades, além da grandiosidade, relevância arquitetônica, artística e histórica do templo.

“Vislumbramos a oportunidade ideal no encerramento do Ano de São José, sendo um marco importante e histórico. É justo o coroamento, pela longa história evangelizadora, que nos ensina e nos motiva. Esse belíssimo templo, consagrado a Deus pela intercessão de São José, é constituído como um dos principais centros de evangelização da Diocese de Leopoldina”, comentou.

Dom Edson fez memória a dom Delfim Ribeiro Guedes, primeiro bispo diocesano, mencionando as dificuldades de seu tempo em conseguir padres, quando convidou a Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz para ajudar a desenvolver os trabalhos de evangelização na comunidade.

Nos ritos finais, o pároco e reitor do Santuário São José Operário fez um agradecimento especial a dom Edson, pela confiança e por tornar o sonho da comunidade paroquial realidade. “Não descansamos desde o primeiro dia que foi anunciado. É momento de agradecer a Deus. Somos chamados ao trabalho e missão.  Escolhemos como lema ‘Evangelizar através do encontro pessoal com Jesus’, pois, precisamos nos encontrar com ele para poder falar para outras pessoas”, concluiu.

O BRASÃO

Os símbolos escolhidos foram para salvaguardar a história de nossa paroquia e exaltar a memória dos antigos que cuidaram com tanto carinho para edificação deste Templo, lugar da presença de Deus.

A Cruz: Lembra o sacrifício de Cristo que nos salvou. Símbolo da Ordem dos padres da Santa Cruz, que foram os fundadores e construtores desta Igreja.

Os três corações: Lembra os corações de Jesus, de Maria e José. Cada qual na ordem de sua nobre missão.

Os lírios: Lembra a pureza de São José. Também, como nos conta a tradição, o mesmo foi escolhido para ser o esposo de Maria. Quando colocado entre tantos pretendentes com cajados nas mãos, o de José floriu e ele foi escolhido.

A Fábrica: Nos Lembra que Igreja fora criada em um bairro de operários, tendo São José como protetor.

O rolo de Tecidos: Lembra o trabalho das mãos daquele homens e mulheres que labutavam como São José, buscando o sustento da família.

A ferramenta: Nos Lembra que São José é carpinteiro e, com suas próprias mãos, trabalhou para sustentar a mais Santa Família.

Valtenir Lima e Silva, pároco da Paróquia São José Operário de Leopoldina

Valtenir Lima e Silva, pároco da Paróquia São José Operário de Leopoldina

SOBRE O REITOR

Valtenir de Lima e Silva nasceu no dia 30 de janeiro de 1978, em Miraí (MG). É filho de Missias Bertho da Silva e Custódia Constância de Lima e Silva.

Na primeira infância viveu em Rio Preto, zona rural do município de Miraí, onde vivenciou os primeiros anos de formação intelectual e religiosa. Foi também o local onde recebeu os sacramentos e vivenciou momentos de crescimento espiritual.

Aos 13 anos de idade mudou-se para Rosário da Limeira (MG), dando continuidade aos seus estudos, sempre envolvido nas atividades entre jovens de sua comunidade cristã. Com isso, foi amadurecendo a ideia de buscar um seminário para iniciar sua formação.

Em 2007 decidiu procurou a Diocese de Leopoldina para iniciar um processo de discernimento vocacional. Em 2008, entrou para o Seminário Propedêutico Santa Rita de Cássia, que ficava localizado em Astolfo Dutra (MG);

Em 2009 ingressou no Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe, em Juiz de Fora (MG), iniciando seus estudos em Filosofia no CES/JF; cursou teologia pela PUC/MG (2015); nesse mesmo ano, concluiu o curso de ‘Psicanálise na Sociedade’, no núcleo do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos localizado em Juiz de Fora (MG).

Foi ordenado diácono no dia 12 de dezembro de 2015, na Abertura do Ano da Misericórdia, pelo bispo Dom José Eudes Campos do Nascimento, na Catedral de São Sebastião, em Leopoldina (MG).

Exerceu o seu trabalho pastoral diaconal na Diocese de Almenara, na Paróquia de Santo Antônio de Pádua, em Jacinto, onde permaneceu até setembro de 2016;

No dia 10 de setembro de 2016 foi ordenado sacerdote, em Rosário da Limeira (MG), pela imposição das mãos de dom José Eudes Campos do Nascimento;

Em seguida, foi designado como vigário paroquial da Paróquia Sant’ana, em Pirapetinga (MG), onde permaneceu até 2017;

No dia 03 de dezembro de 2017 foi transferido para Paróquia de São José Operário, em Leopoldina (MG), onde permanece até os dias atuais.

Com a instalação do Santuário São José Operário, padre Valtenir tomou posse como reitor no dia 08 de dezembro de 2021.

Egídio Donkers, OSC (Arquivo Paróquia São José Operário - edição Memória Leopoldinense)

Egídio Donkers, OSC (Arquivo Paróquia São José Operário - edição Memória Leopoldinense)

HISTÓRIA DA PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO DE LEOPOLDINA

Com a chegada da congregação religiosa Crúzios em Leopoldina (MG) foi fundada a Paróquia de São José Operário, por decreto diocesano assinado por Dom Delfim Ribeiro Guedes, no dia 01 de julho de 1950, conforme consta no 1º Livro de Provisões da Cúria Diocesana, à folha 66v., nº 84. Os primeiros padres responsáveis foram Martinho Arntz OSC, Jerônimo Barten OSC e José Duynhoven OSC.

No início de suas atividades na cidade, os padres Crúzios realizavam celebrações nas dependências de uma fábrica de tecidos, na antiga Rua da Floresta. Após a doação de um terreno de 10.000m2, foram iniciadas as obras.

O templo católico é uma réplica da Igreja de Santa Ágata, localizada no município de Boekel, nos Países Baixos (Holanda), da província de Brabante do Norte, terra natal do padre Egídio Donkers, OSC, responsável pela condução das obras da Matriz em Leopoldina, vindo também a conduzir os trabalhos de evangelização na Paróquia São José Operário entre os anos de 1958 e 1979.

A Igreja Santa Ágata (Holanda) foi construída em 1924. No local existiu uma capela datada de 1358, sendo construída outro templo no lugar em 1830. Em 1915, com a degradação de sua estrutura, foi projetada uma nova Igreja no local, pelo arquiteto Joseph Franssen. O desenho original foi projetado com duas torres, mas por falta de recursos, a segunda torre nunca foi construída. O traço característico de uma torre também foi mantido na construção da Igreja Matriz São José Operário de Leopoldina.

Ao lado da Igreja em Leopoldina existe um prédio onde funcionou o Seminário de Filosofia dos Crúzios, extinto na década de 1970 em virtude da diminuição das vocações sacerdotais. Com isso, o prédio e parte do terreno anexo foram alienados.

No ano de 1996, devido à falta de sacerdotes, os padres Crúzios retiraram-se de Leopoldina, quando doaram a diocese a Igreja Matriz, a casa paroquial e os terrenos anexos, para que a mesma designasse um pároco do clero diocesano para dar continuidade aos trabalhos de evangelização. A doação foi marco de generosidade dos Padres Crúzios.

Padres da Paróquia São José Operário de Leopoldina

Padre Martinho Arntz, OSC – 1950-1958

Padre Egídio Donkers, OSC – 1958-1979

Padre André Bleeker, OSC – 1979-1993

Monsenhor Cláudio de Barros Vieira – 1993-1995

Padre José dos Santos – 1995-1996

Cônego Sebastião Jorge Corrêa – 1996-2003

Padre Marcos Luis Caldas Abreu – 2003-2013

Padre Antônio Luis da Silva – 2013-2014

Padre Valdemar Tadeu Ferreira O. G. Lima 2014-2017

Padre Valtenir de Lima e Silva – 2017 até a presente data.

Fonte: Diocese de Leopoldina

 


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