22/12/2021 às 10h35min - Atualizada em 22/12/2021 às 10h35min

Maria da Penha Brandão Martins Ferreira. *26/03/1938 +18/12/ 2021.

Edson Gomes Santos
Maria da Penha Brandão Martins Ferreira.
Não é incomum conhecermos e convivermos com pessoas durante muitos e muitos anos, tê-las como amigas e amigos e, ainda assim, delas desconhecermos detalhes pessoais.

Assim me sinto quanto à Penha Brandão.  

Recebo a triste notícia do falecimento de Maria da Penha Brandão Martins Ferreira no dia 18/12 e somente hoje tenho conhecimento do seu nome completo.

Lembro-me de quando, lá em meados de 1960, sua família veio a residir quase em frente à minha residência na Rua Tiradentes, onde seus pais, Sr. Brandão e Dª Mariquinha, montaram uma loja de aviamentos e Penha, num ateliê anexo, atuava como costureira.

Sr. Brandão e Dª Mariquinha eram um simpaticíssimo casal, Penha muito comunicativa e competente costureira, logo-logo eles se tornaram conhecidos e procurados pela freguesia.

Minha mãe trabalhava na máquina de costura fazendo caseados em roupas, pregando ilhoses em confecções, confeccionando cintos femininos, dentre outros afazeres, e sendo a Penha uma das suas freguesas mais próximas quase diariamente elas se encontravam, surgindo entre elas uma amizade que, se expandindo, “abraçou-nos”.

Eu estava com 13/14 anos àquela época, quando certa vez a pedido de minha mãe fui entregar à Penha as peças de roupa que minha mãe preparara e, dali para frente, quase diariamente eu ia até a loja para ouvir do Sr. Brandão os casos dele lá em Caiapó (distrito de Pirapetinga), local de origem da família; conversava um pouco com a Penha e saboreava aquele cafezinho amorosamente preparado pela Dª Mariquinha.

Em dezembro de 1971 saí de casa para tomar posse no BB e toda vez que eu vinha a Leopoldina dava um “pulinho” na loja para ver Penha e seus pais.

Penha casou-se com o Nelsinho, residiram em Brasília; lá nos encontramos algumas vezes; após minha mudança de Brasília, somente revi Penha já viúva em Leopoldina há cerca de 6 anos, momento em que, felizes no reencontro, nos ABRAÇAMOS.

Impressionante como um ABRAÇO AMIGO nos faz bem e como foi gostoso aquele que da Penha recebi, exalando um afeto “armazenado” durante muito tempo, porém um afeto “cultivado” desde quando nos anos de 1960 iniciou esta, agora ETERNA, AMIZADE.

À Penha Brandão, minhas SAUDADES.
      
                                                                                                         
                           


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