01/12/2014 às 14h56min - Atualizada em 02/12/2014 às 19h32min

Câmara aprova criação de Centro de Assistência Psicossocial em Leopoldina

Órgão vai atender pacientes com transtornos decorrentes de uso e dependência química

Luiz Otávio Meneghite
Com o iminente fechamento da Clínica São José, surgem novas estruturas.

Com o iminente fechamento da Clínica São José nos próximos meses, a Câmara de Vereadores de Leopoldina acaba de aprovar por unanimidade, projeto de Lei encaminhado pelo prefeito José Roberto de Oliveira, instituindo o CAPS AD II - Centro de Atenção Psicossocial, no âmbito do Município de Leopoldina, com o objetivo de integralizar o tratamento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas.

Segundo o texto aprovado pelos vereadores, os direitos e a proteção de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

 

O que funcionará no CAPS AD II

Segundo fonte da Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina, o CAPS AD II funcionará em instalações a serem alugadas pela Prefeitura independente de qualquer estrutura hospitalar existente.No local serão prestadas ao paciente as seguintes atividades:

a) atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico,  de orientação, entre outros);

b) atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras);

c) atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio;

d) visitas e atendimentos domiciliares;

e) atendimento à família;

f) atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social;

g) os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.

h) atendimento de desintoxicação.

 

Os profissionais que serão contratados

A equipe técnica para atuação no CAPS AD II para atendimento de 25 pacientes por turno, tendo como limite máximo  45 pacientes/dia, será composta por um médico psiquiatra, um enfermeiro com formação em saúde mental,  dois médicos clínico geral, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências clínicas, cinco profissionais de nível superior das seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico e seis profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de  enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão.

A Secretária Municipal de Saúde de Leopoldina, Lúcia Helena Fernandes da Gama explica que “o CAPS AD não é um substituto do hospital psiquiátrico, mesmo sendo previsto nele leitos de desintoxicação. A diferença gritante é que não há imposições. O trabalho implica combinar, responsabilizar. È uma negociação cotidiana com o paciente, é a modalidade de cuidado com a pessoa a ser cuidada. Quanto mais o paciente se levanta da cama e se põe de pé, mais intenso tem que ser o cuidado, por que ele está menos sedado. Gostaria de deixar claro que o CAPS não é “portas fechadas”. As pessoas tem liberdade de ir e vir”, esclarece.

Fontes: Câmara Municipal de Leopoldina e Secretaria Municipal de Saúde.

 


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