Com o iminente fechamento da Clínica São José nos próximos meses, a Câmara de Vereadores de Leopoldina acaba de aprovar por unanimidade, projeto de Lei encaminhado pelo prefeito José Roberto de Oliveira, instituindo o CAPS AD II - Centro de Atenção Psicossocial, no âmbito do Município de Leopoldina, com o objetivo de integralizar o tratamento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas.
Segundo o texto aprovado pelos vereadores, os direitos e a proteção de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
O que funcionará no CAPS AD II
Segundo fonte da Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina, o CAPS AD II funcionará em instalações a serem alugadas pela Prefeitura independente de qualquer estrutura hospitalar existente.No local serão prestadas ao paciente as seguintes atividades:
a) atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros);
b) atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras);
c) atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio;
d) visitas e atendimentos domiciliares;
e) atendimento à família;
f) atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social;
g) os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.
h) atendimento de desintoxicação.
Os profissionais que serão contratados
A Secretária Municipal de Saúde de Leopoldina, Lúcia Helena Fernandes da Gama explica que “o CAPS AD não é um substituto do hospital psiquiátrico, mesmo sendo previsto nele leitos de desintoxicação. A diferença gritante é que não há imposições. O trabalho implica combinar, responsabilizar. È uma negociação cotidiana com o paciente, é a modalidade de cuidado com a pessoa a ser cuidada. Quanto mais o paciente se levanta da cama e se põe de pé, mais intenso tem que ser o cuidado, por que ele está menos sedado. Gostaria de deixar claro que o CAPS não é “portas fechadas”. As pessoas tem liberdade de ir e vir”, esclarece.
Fontes: Câmara Municipal de Leopoldina e Secretaria Municipal de Saúde.