Canteiro de Obras do Hospital Regional - (Foto Monica Fernandes.)Atender com qualidade e eficiência as demandas por leitos hospitalares de uma população tão numerosa quanto a mineira – são 20,5 milhões de habitantes, a segunda maior população do país, segundo o Censo de 2010 – exigiu uma estratégia ousada que mapeasse e enxergasse os gargalos do atendimento hospitalar no Estado e traçasse um plano que não apenas ofertasse mais leitos, mas também mais qualidade e conforto para os usuários do SUS em Minas. E foi assim que nasceu o Projeto dos Hospitais Regionais., entre os quais está incluído o de Além Paraíba município que faz divisa com Leopoldina.
Diante de um cenário que apontava uma concentração dos leitos em quatro macrorregiões de saúde e com apenas 18,7% dos hospitais atendendo média e alta complexidade, a equipe responsável pelo projeto percebeu que para fortalecer a rede assistencial no estado era preciso descentralizar o atendimento e reduzir os déficits de leitos hospitalares, principalmente em especialidades de grande demanda como ortopedia e UTI adulto e neonatal.
“Apesar dos avanços alcançados com a implantação do Pro-Hosp, programa de modernização e fortalecimento da rede hospitalar em Minas Gerais, a construção dos hospitais não foi uma decisão aleatória. Foi, sim, resultado do amadurecimento do Pro-Hosp, que apontou a necessidade de se construir hospitais que além de suprirem a carência de leitos resolutivos, atuariam como âncoras das redes. Tendo isso em mente, o primeiro passo para concretizar o projeto de construção dos hospitais foi a realização de um diagnóstico do atual desenho da estrutura hospitalar de Minas Gerais, que compreendeu não somente a distribuição física dos hospitais do estado, como também o escopo e qualidade dos serviços ofertados”, explicou a gerente do Projeto de Implantação dos Hospitais Regionais, Fávila Etelvino.
O resultado é a construção de 12 novos hospitais estrategicamente localizados nos municípios de Uberaba, Conselheiro Lafaiete, Sete Lagoas, Juiz de Fora, Governador Valadares, Montes Claros, Teófilo Otoni, Divinópolis, Além Paraíba, Novo Cruzeiro, Nanuque e Uberlândia. Serão 2.450 novos leitos, sendo 285 de UTI adulto; 45 de UTI neonatal e 30 de leitos semi-intensivos. Ao todo, os investimentos chegam a quase R$ 1 bilhão para obras e compras de equipamentos. “Os hospitais regionais foram planejados para atuarem como instituições de médio e grande porte, com no mínimo 100 leitos, ofertando 100% dos serviços ao SUS, constituídos por clínicas básicas em média e alta complexidade, com atendimento de urgência e emergência e possuindo leitos de UTI”, analisa a gerente.
Outro ângulo do canteiro de obras Ao fundo o antigo Posto Fiscal
Hospital Regional de Além Paraíba
O Hospital Regional de Além Paraíba terá foco em urgência e emergência, com atendimentos em clínica médica, centro cirúrgico, serviços ambulatoriais, internação, imagenologia, obstetrícia, pediatria, ortopedia e outros serviços essenciais. A unidade terá 102 leitos e serão beneficiados mais de 150 mil habitantes de nove municípios da região, entre os quais se inclui Leopoldina. Os investimentos são de R$ 22 milhões custeados integralmente pelo estado. A previsão de conclusão das obras é dezembro de 2015.
Para o leopoldinense radicado em Além Paraíba, Plínio Fajardo Alvim, “a construção do hospital regional é muito importante, visto que, além de gerar grande número de empregos, durante e após a sua construção, poderá atender, quando em funcionamento, usuários de mais de uma dezena de localidades da divisa Rio-Minas; além de boa parte dos 20 ou 30 milhões de pessoas que, anualmente, trafegam nessas rodovias.Mas penso que o Hospital será bastante importante para a microrregião de Além Paraíba”, avalia.
Aliás, foi Plínio Alvim, que a pedido do jornal Leopoldinense, conseguiu as fotos que ilustram esta matéria.
A gerente do Projeto de Implantação dos Hospitais Regionais da SES, Fávila Etelvino, ressalta o empenho na execução do planejamento da construção e entrega dos hospitais que vão beneficiar milhões de mineiros. “Frente ao cenário hospitalar carente de grandes hospitais estratégicos e assistencialmente projetados, a SES tem executado criteriosamente cada uma das ações. Para tanto, foi instituído o Núcleo de Gestão Compartilhada com o objetivo de propor e acompanhar pesquisas com foco nas parcerias a serem firmadas entre o Governo do Estado de Minas Gerais, entidades, empresas com notória especialização nos assuntos assistenciais e a sociedade, gerando conhecimento para a tomada de decisão e para a ação governamental tecnicamente fundamentada”, explicou a gerente.
Fontes: Agência Minas e Plínio Fajardo Alvim com fotos de Mônica Fernandes
