12/01/2015 às 21h26min - Atualizada em 12/01/2015 às 21h26min

Exposição sobre centenário de Augusto dos Anjos vai até 1º de março em SP

Com entrada gratuita, a Casa das Rosas fica na avenida Paulista, 37, e funciona de terça-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.

Dividida em cinco espaços no andar térreo, a exposição contém informações e curiosidades sobre a trajetória de um dos mais impactantes e populares poetas brasileiros. São apresentados poemas significativos de sua obra, como Versos Íntimos, Budismo Moderno e As Cismas do Destino.

Ainda há monitores de TV com exibição de vídeos sobre a sua obra, e uma instalação com versos famosos de Augusto dos Anjos – “A mão que afaga é a mesma que apedreja / Se a alguém causa inda pena a tua chaga, / Apedreja essa mão vil que te afaga, / Escarra nessa boca que te beija!”. O poeta publicou apenas um livro em vida, Eu, em 1912. Posteriormente, em 1920, seu amigo Órris Soares publicou uma segunda edição dele, com poemas extras: Eu (Poesias, completas).

A exposição tem curadoria de Júlio Mendonça e ficará em cartaz até 1º de março de 2015. Com entrada gratuita, a Casa das Rosas fica na avenida Paulista, 37, e funciona de terça-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.

"Augusto dos Anjos faleceu muito jovem, aos 30 anos. É um poeta marcado por temas vinculados à morte, a uma visão mórbida da vida, muitas vezes pessimista, tema que a cultura contemporânea jovem explorou muito", disse Júlio Mendonça, curador da mostra 'Esdrúxulo! 100 anos da morte de Augusto dos Anjos'.

O poeta, que transita entre o parnasianismo e o simbolismo, nasceu em 20 de abril de 1884 em Engenho do Pau-d'Arco, na Paraíba, e morreu de pneumonia em 12 de novembro de 1914 em Leopoldina, Minas Gerais.

Segundo Mendonça, a condição de "poeta maldito", como é conhecido, e de personagem de "culto", seduzem o público jovem, mas Augusto dos Anjos é muito mais que isso, "já que é um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos".

"Ele se posicionava de uma forma diferente. O eu lírico rompia com uma visão romântica da poesia. Poucos poetas no mundo no início do século XX abordavam este assunto, a partir de um ponto de vista que não é antropocêntrico", explicou o curador.

Fonte: Agência EFE


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »