O secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, prometeu finalizar a construção de oito hospitais regionais até o fim de 2016. “Todas as obras vão ser retomadas. A ideia do Estado é concluir, primeiramente, o Hospital de Uberaba (no Triângulo) – o mais adiantado, com 90% das intervenções feitas –, e até o fim de 2016 terminar a construção das outras sete unidades em andamento”, explicou ele em coletiva de imprensa, na quarta-feira, 15 de abril, na Cidade Administrativa, na região Norte da capital, em que apresentou o diagnóstico feito pelo atual governo para a área de saúde em Minas.
Os hospitais que terão obras retomadas estão em Conselheiro Lafaiete, Valadares, Teófilo Otoni (paradas); e Sete Lagoas, Uberaba, Divinópolis, Além Paraíba e Juiz de Fora (em ritmo lento).
O representante do Executivo ressaltou, no entanto, que vai precisar do auxílio do governo federal para concluir os projetos. Atualmente, o orçamento destinado à saúde aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais está na casa dos R$ 5 bilhões anuais. Com a previsão de aporte de R$ 1 bilhão em recursos a serem liberados neste ano pelo Ministério da Saúde, o valor disponível chega a R$ 6 bilhões.
Esse total de recursos também será usado para honrar compromissos assumidos na gestão passada, que deixou déficit de R$ 1,5 bilhão referente ao ano de 2014, segundo Santos. “O governo se comprometeu a dar continuidade ao pagamento de despesas que foram assumidas em 2014. Não temos como quitar o valor total de uma vez, mas estamos colocando esses pagamentos como prioridade. Na medida das possibilidades financeiras do Estado, vamos dar sequência a pagamentos a fornecedores e a transferência de recursos aos municípios e instituições prestadoras de serviços”, disse.
Procurado para comentar as declarações do atual secretário, o deputado estadual Antônio Jorge (PPS), titular da pasta na gestão anterior, afirmou que as obras dos hospitais estavam atrasadas por motivos diversos, entre eles a falta de apoio do governo federal.
“Nenhum governo consegue resolver os problemas da saúde em uma única gestão. Tomara que os hospitais sejam finalizados agora que o governo federal e o estadual são da mesma legenda. Além disso, os hospitais foram encontrados em estado avançado das obras. Para mim, o maior desafio é discutir o custeio desses hospitais (regionais)”, afirmou.
Publicado originalmente por Nathália Lacerda em O Tempo Online