24/04/2015 às 15h06min - Atualizada em 24/04/2015 às 15h06min

Francisco Barreto de Faria Freire

Por Luciano Baia Meneghite e Luiz Otávio Meneghite
Sr. Barreto discursando.À esquerda João Machado.

Francisco Barreto de Faria Freire nasceu em 23 de abril de 1910 em Leopoldina. Filho de Durval Bastos Freire e Antonieta de Faria Freire. Fez o curso primário no Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, ginasial no Gymnásio Leopoldinense, Ciências Contábeis no Rio de Janeiro. Terminando os estudos, iniciou a carreira como servidor da Secretaria de Estado da Fazenda. Casou-se com Maria de Lourdes Fontes Freire com quem teve sete filhos: Herlaine, Arlen, Helmar, Arlene, Helenita, Maria Antonieta e Danilo.

Dirigiu o município de Leopoldina como prefeito nomeado pelo governo do estado de dezembro de 1946 a 11 de janeiro de 1947. Não era filiado a partido político, e nesta condição, como era permitido na época, foi candidato único de uma coalizão de partidos em 1966. Eleito pelo povo, governou de fevereiro de 1967 a fevereiro de 1970, tendo modernizado a administração municipal, regularizando a situação funcional dos servidores do município. Era respeitado pelos funcionários e pela população dada a seriedade com que conduzia a Prefeitura.

 

Senhor Barreto com funcionários municipais. À direita, Luiz Otávio Meneghite.

Tornou-se à época uma liderança regional ao lado de Itamar Franco, então prefeito de Juiz de Fora. Juntos eles realizaram vários ‘Seminários Integrados de Desenvolvimento da Zona da Mata’, o primeiro deles realizado em Juiz de Fora e o segundo, no ano de 1969, em Leopoldina, dos quais participaram todos os prefeitos, vereadores e autoridades regionais da época.

Em uma ocasião, em entrevista à revista Hora H, afirmou: “Jamais alimentei pretensões políticas, apesar de acompanhar com todo interesse a vida política nacional, estadual e municipal.”

Senhor Barreto, como era respeitosamente conhecido, participou de diversas instituições beneficentes como Asilo santo Antônio, APAE, Associação de Assistência aos Condenados, Casa de Caridade Leopoldinense, Apóstolos da Humanidade de Rio Bonito e Associação dos Cegos de Belo Horizonte, entre outras. Em 1988 viu seu sobrinho Márcio Freire (PDC) ser eleito prefeito de Leopoldina.

Participava como conselheiro e sempre presente nos eventos e inaugurações do governo do sobrinho.  De família católica dizia ter herdado dos pais o espírito de caridade. Torcedor do Fluminense e São Paulo, não bebia nem fumava, gostava de serestas e clássicos e tinha como um dos pratos preferidos o feijão tropeiro.

Apesar de ser um homem identificado com a população, não era uma pessoa de sorriso fácil. Não consta que ele tenha sido homenageado dando nome a algum logradouro público de Leopoldina. Senhor Barreto faleceu aos 84 anos em 20 de setembro de 1994 e está sepultado no Cemitério Público Municipal Nossa Senhora do Carmo, em Leopoldina.

 

Fotografias gentilmente cedidas por Herlaine Freire Bella, Denise Cruz Lima e Márcio Freire.


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