11/05/2015 às 08h32min - Atualizada em 11/05/2015 às 08h32min

Professor Paulo Goliath obtém título de Doutor na UFJF

Paulo Goliath com os membros da banca julgadora da UFJF.

O leopoldinense, Paulo Henrique Goliath, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora onde leciona desde 2010, defendeu, no dia 30 de abril, sua tese de doutorado em linguística na Sala de Defesas do CPH da Faculdade de Letras da UFJF.

A tese defendida pelo professor

A tese defendida pelo professor Paulo Henrique Goliath teve por objetivo investigar o tipo de efeito retroativo que os exames do SIMAVE/PROEB podem exercer sobre a prática avaliativa dos professores do ensino médio de uma escola pública estadual de um município do interior de Minas Gerais, principalmente no que se refere ao ensino/aprendizagem dos gêneros textuais. A percepção de tais professores sobre o possível efeito retroativo também foi investigada.

O trabalho busca aporte teórico principalmente nas ideias precursoras de BAKHTIN (1929/1995; 1979/1992) sobre os gêneros, no Interacionismo Sociodiscursivo de SCHNEUWLY & DOLZ (2004), e nas contribuições de MARCUSCHI (2000, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008) no contexto brasileiro.

Para a teoria relativa à avaliação, o professor Paulo Goliath utilizou, entre outros, os estudos de PERRENOUD (1999a, 1999b), LUCKESI (1995/2008) e, em especial sobre o efeito retroativo, as publicações de ALDERSON (1996, 2000, 2004), ALDERSON & WALL (1993) e SCARAMUCCI (1999a, b, 2001, 2002, 2004, 2011).

A pesquisa também fundamenta-se em documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e usa como instrumentos de pesquisa boletins pedagógicos da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, entrevistas com os professores da escola investigada e provas elaboradas por esses professores.

Os itens dos testes do SIMAVE/PROEB que foram publicados nos boletins pedagógicos foram analisados, bem como as questões das provas elaboradas pelos professores, e foram depois comparados. Verificou-se que existem indícios de efeito retroativo dos testes do SIMAVE/PROEB na prática avaliativa dos professores da escola pesquisada e que, embora ainda haja diferenças expressivas no tratamento dos dois instrumentos de avaliação, sobretudo em relação à abordagem dos gêneros, parece haver um pequeno movimento em direção a uma prática mais condizente com a perspectiva de trabalho com os gêneros recomendada pelos documentos oficiais.


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