Com a aproximação das férias escolares, a temporada de empinar pipas já começou em Leopoldina e é perceptível a alegria das crianças e adolescentes em diversos locais da cidade. A diversão, porém, pode virar pesadelo em virtude dos perigos que eles estão sujeitos. A escolha do local adequado é fundamental para evitar acidentes.
O problema é amplo e os acidentes podem ser fatais, tanto para quem empina a pipa, quanto para pedestres, ciclistas e motociclistas, pois o cerol composto de vidro moído e cola é utilizado com objetivo de tornar a linha ainda mais cortante e o seu uso em vias públicas e rodovias é muito comum.
Na tarde de segunda feira (06/07), crianças e jovens empinavam pipas no trevo da BR116, que liga Leopoldina a Cataguases. Um motociclista que se sentiu ameaçado neste trecho da rodovia, denunciou a irregularidade, que foi fiscalizada pela 7º Delegacia de Polícia Rodoviária Federal de Leopoldina.
Segundo o inspetor Rodrigo Ladeira, Chefe do Núcleo de Policiamento da 7ª Delegacia da PRF – Leopoldina, a instituição vem fazendo um trabalho preventivo no combate a linhas cortantes, apreendendo materiais. O policial comentou ainda que há uma preocupação da PRF com a aproximação das férias escolares, período que ocorrências deste tipo tende a aumentar. “Esse problema de linhas com cerol tem criado transtornos em Leopoldina e menores poderão ser encaminhados ao Conselho Tutelar”, alertou o policial.
Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), 50% dos acidentes com linhas cortantes deixaram as vítimas em estado grave ou gravíssimo e outros 25% dos acidentes causaram danos leves.
Um teste realizado pelo empresário Leandro Jacob, proprietário de um comércio de peças e acessórios para motos, em entrevista ao Portal Terra, constatou que um fio corta uma corda grossa de nylon em três segundos. “Imagina quando esse fio tem cerol e atinge um motociclista!?”
No Estado de Minas Gerais existe a Lei 14.349/02 que estabelece a proibição do uso de pipas com linhas cortantes em áreas públicas e comuns. A Lei prevê pagamento de multas e não exime o infrator das respectivas responsabilidades civil e penal, no caso de se registrarem, com o uso do cerol, danos a pessoa física, ao patrimônio público ou à propriedade privada.
