22/07/2015 às 08h10min - Atualizada em 22/07/2015 às 08h10min

Estudante de Tebas recebe prêmio da Olimpíada de Matemática

Medalhistas têm direito de participar de um programa de iniciação científica. Bolsa abre oportunidades para os estudantes dentro e fora do Brasil.

Christoff Silva Cirino, no palco ao receber sua premiação.

Um grupo de 500 estudantes recebeu na segunda-feira, 20 de julho, os prêmios da 11ª OBMEP-Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas, uma competição capaz de transformar a vida dos jovens que acreditam na importância do conhecimento.  Entre eles, o aluno Christoff Silva Cirino, da E E Justiniano Fonseca, do distrito de Tebas, foi um dos contemplados com medalha de ouro. 

Segundo Ana Cristina Fajardo, que deu a informação e enviou as fotos ao jornal Leopoldinense, foi uma cerimônia pomposa, com a presença de inúmeras autoridades, entre elas o atual ministro de Estado da Educação, Renato Janine Ribeiro e o ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, além de famílias e professores do Brasil inteiro.

Para prestigiar o aluno Christroff, estiveram presentes ao evento sua mãe, Yrinea Silva, sua tia, Iladir Maria da Silva, além das professoras Regina Machado Zamagno, Izabela Badaró e Ana Cristina Fajardo.

Assim como Christoff, os 6,5 mil medalhistas da Olimpíada têm direito de participar de um programa de iniciação científica, que tem duração de um ano, com os melhores professores de matemática das universidades públicas, uma bolsa que abre oportunidades dentro e fora do Brasil. Desde 2005, a Olimpíada de Matemática vem mudando a realidade de muitas escolas, professores e alunos em todo país. Mais de 500 medalhas de ouro já foram entregues.

As professoras Izabela Badaró, Ana Cristina Fajardo e Regina Machado

Christoff Silva Cirino, da E E Justiniano Fonseca, do distrito de Tebas.

Os Ministros da Educação e da Ciência e Tecnologia estiveram presentes

Presente à solenidade, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que quanto mais o Brasil for um país justo e der oportunidades, mais livres serão os jovens para escolher seus caminhos profissionais, pessoais e de inteligência. Janine se dirigia aos alunos premiados na edição de 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), na cerimônia de entrega das medalhas no Theatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro. “O mundo que se abre diante de vocês não é trivial. É um belo e grande mundo”, apontou.

Para o ministro, o desempenho dos estudantes favorece o crescimento do país. “Se eu posso sugerir uma coisa, orgulhem-se muito da história de vida que vocês já têm e pensem na história de vida que vocês vão construir com muito carinho, muita ambição, porque todos merecem”, disse.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que também participou da cerimônia, elogiou o empenho dos estudantes premiados, que tiveram de enfrentar dificuldades, por morarem em regiões com pouca estrutura e, ainda assim, conseguiram conquistar medalhas. Para ele, também é preciso lembrar que o Brasil tem lugares como comunidades indígenas, nas quais a população não tem conhecimento da matemática. “É preciso que no nosso esforço de promover o ensino de matemática tenha a decisão de retirar da exclusão lamentável parte de nossa população que não sabe nem contar”, analisou.

Mais de 18 milhões de estudantes de 46 mil 711 escolas, de 99,41% dos municípios do país, disputaram as premiações. Do total, 501 conquistaram medalha de ouro, 1.500 de prata e 4.500 de bronze. Quando a competição começou, em 2005, eram cerca de 10 milhões de estudantes. Na avaliação do coordenador-geral da OBMEP e diretor adjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA,) Cláudio Landim, a olimpíada é um projeto com grande impacto na qualidade do ensino da matemática. “Essa é uma grande contribuição, mostrando que a olimpíada é muito mais do que uma prova. Pode ser instrumento eficaz de mobilidade social no país”, comentou.

Landim destacou que além de participar da competição, os alunos que conquistam medalha de ouro podem passar por uma seleção e garantir bolsa para estudar em uma universidade do país, concedida pelo Instituto Tim, no valor de R$ 1,2 mil. A oportunidade pode se estender também para fora do país. “A primeira seleção foi feita este ano, e uma aluna escreveu dizendo que foi admitida para a Universidade de Helsinque [Finlândia], e gostaria de saber se pode continuar com a bolsa para prosseguir seus estudos. Isso mostra a qualidade da seleção que foi feita”, explicou.

Todos os medalhistas de ouro têm direito de participar do Programa de Iniciação Científica (PIC), no qual durante um ano têm aulas de matemática aos sábados, das 8h às 17h,  em universidades públicas do país. Eles recebem bolsas de R$ 100 por mês em recursos liberados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O ministro Aldo Rebelo informou que não haverá cortes neste investimento. “Tudo que há de compromisso já firmado pelo CNPq será mantido, inclusive as bolsas de iniciação científica”, assegurou.

As opiniões

A professora de Christoff, Izabela Badaró, fez questão de lembrar que “a Escola Estadual Justiniano Fonseca onde o aluno estuda, também recebeu Menção Honrosa, além do grande ouro do Christoff, que foi destaque na página social da OBMEP”, registrou.

A professora, pesquisadora e historiadora Natania Nogueira também se manifestou “Acho que temos muitos talentos nas nossas escolas públicas e que, apesar de todas as dificuldades do dia a dia, como salas lotadas, falta de disciplina (que anda generalizada) ainda temos a alegria de ver nossos alunos despontarem. Não apenas ganhando prêmios, mas superando suas dificuldades, conseguindo encontrar sua autoestima” avaliou.

O jornalista e escritor, Elias Fajardo Fonseca elogiou: “Bacana! O Cristoff e todos vocês merecem o reconhecimento”.

A professora Helena Maria Vieira Machado registrou a sua satisfação: “Parabéns, Christoff da Silva Cirino! Parabéns a sua dedicada professora Isabella Badaró pela disponibilidade em ensinar-lhe com afeto. Que suas dificuldades sejam sempre sanadas por mestres capazes e que você conquiste altos prêmios daqui pra frente”.

A professora Ana Cristina Fajardo desabafou:   “...quem administra a educação precisa saber do que acontece no que concerne a ela. A OBMEP é um evento anual e de uma importância incalculável. Todas as escolas públicas participam, apesar de ser opcional”, explica.

A professora Regina Machado Zamagno também se manifestou: “Todas as escolas públicas participam , municipais e estaduais, mas acho que não somos nós que deveríamos procurar a PML, é um dever de quem trabalha com educação estar atualizado , afinal de contas A OBMEP é de âmbito nacional, mas sabemos que muitas escolas não se dão conta do que se passa, pois acham que nunca terão a mesma oportunidade. A chance é dada a todos igualmente, basta após a segunda fase seus professores acompanharem seus alunos no site” ensina.

Fonte: Agência Brasil com fotos de Ana Cristina Fajardo


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