10/08/2015 às 08h31min - Atualizada em 10/08/2015 às 08h31min

Segunda tentativa da Prefeitura de leiloar terreno rural também foi frustrada

A Prefeitura não divulgou se vai haver novo leilão e se é possível fazer nova avaliação do terreno.

Luiz Otávio Meneghite

A Prefeitura de Leopoldina realizou no dia 6 de agosto, a segunda tentativa de vender em leilão público, um terreno pertencente ao Patrimônio Municipal, em área remanescente da Fazenda Cajueiros, medindo 52ha78a06ca,(o equivalente a 10+/-alqueires) com avaliação mínima de R$ 305.342,00 que seria o lance inicial. Em ato publicado no Diário Oficial dos Municípios Mineiros, nesta segunda-feira, 10 de agosto, o prefeito José Roberto de Oliveira, com base em declaração da leiloeira oficial de que não compareceu nenhum interessado, declarou o certame como deserto.

Na primeira tentativa, realizada no dia 2 de julho, também não apareceram interessados, embora o terreno tenha sido avaliado pelo preço médio do mercado local. Apesar de ser terra nua, sem qualquer tipo de benfeitoria, ela possui nascente e tem acesso garantido em cartório tanto pela BR 116 quanto pelo leito da antiga linha férrea que liga Leopoldina a Vista Alegre.

O jornal Leopoldinense apurou que a área havia sido adquirida por desapropriação pelo município, há cerca de 26 anos, para ser transformada em aterro sanitário, o que se tornou inviável por embargo judicial, exatamente pela existência de uma nascente no terreno. De lá para cá, nada foi feito no local, tratando-se, portando, de terra descansada, sem finalidade para o Município.

O jornal apurou que se o leilão tivesse êxito, o dinheiro arrecadado seria utilizado para cobrir os custos de desapropriação de outros terrenos com o objetivo de instalação de empresas nas margens de rodovias que cortam o município como a BR 267 e a BR 116, como foi feito recentemente ao lado da Expresso Congelados, no bairro Fortaleza.

A Prefeitura não divulgou se vai haver novo leilão e se é possível fazer nova avaliação do terreno. Pessoas ouvidas pelo jornal Leopoldinense consideram que o terreno, por ter ficado abandonado muitos anos, tornou-se uma área ‘suja’ com muito mato e que o custo para torná-la novamente produtiva é alto e, portanto, a avaliação deveria ter sido mais baixa para viabilizar o leilão com êxito.

Fontes de informações: Diário Oficial dos Municípios Mineiros, Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Secretaria Municipal de Administração.

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