08/12/2015 às 13h25min - Atualizada em 08/12/2015 às 13h25min

Aero Clube de Leopoldina

Por Douglas Rodrigues Junqueira
Jornal Leopoldinense
Desconhecido
Na década de 40, se não me engano, nos idos de 41, 42, durante um período de festas na cidade, semana de exposição. Lembro-me que estava por volta das 17:00 horas, na varanda da casa de minha avó Cristiana à rua Custódio Junqueira, quando ouvi um ruído forte de motor.

O barulho diferente chamou-me a atenção, e vi quando desceu para o lado da exposição, hoje bairro São Cristovão um avião de cor amarela com o prefixo PP-TON.

Corri para a sala onde estavam servindo o jantar e fui logo dizendo- Caiu um avião para os lados da exposição!!!
Muitos não deram crédito, outros disseram ter ouvido um ruído estranho.

A notícia logo se espalhou, e muitos foram ver.

Quando lá chegamos o avião estava pousado num campo de futebol, e lá estava também o piloto com sua camisa de cor caqui, calça do mesmo tom, muito alto, forte, loiro, aparentando 35 anos, de origem norte americana. Seu nome era Mr. Mack.

A descida foi forçada; não fiquei sabendo os motivos.

O fato é que ele gostou da cidade e ficou por aí.

Pouco tempo depois alongaram o campo de futebol e fizeram o campo de aviação, e logo depois ainda fundaram o Aeroclube de Leopoldina, construindo o hangar onde hoje é a sede da Transcolin.

Vários pilotos fizeram o curso: José Valverde, Alypio “da Chevrolet”, Hernane, José Guaranis, João Batista, Diná Capdeville, Elias Mattos, Márcio Brugue e muitos outros.

Mais tarde foram comprados outros dois aparelhos com os prefixos PP-TRY, do mesmo tamanho do PP-TON, e outro maior, o PP-RBB.
E a nossa querida cidade de Leopoldina , que vive dos louros do passado, da inércia do presente e das poucas perspectivas de futuro, foi agraciada com duas linhas aéreas, a ONTA e a NAB, que funcionavam semanalmente. As passagens eram vendidas à rua Custódio Junqueira, no  prédio da antiga Leiteria Leopoldinense.
 


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