Além dos carros que entopem as estreitas ruas de Leopoldina, se tornou cada vez mais comum o abandono dos veículos nas vias públicas. Uma fonte da Prefeitura informou que já foram catalogados 118 carros com aparência de abandonados pelos seus donos nas ruas da cidade
Por toda a cidade se encontram veículos com aparência de abandonados pelos donos. Poucos podem ser recuperados tal é o péssimo estado de conservação. Muitos deles viraram sucatas e outros ficam estacionados nas ruas com vidros quebrados por onde entra a água de chuva o que os torna criadouros do mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da Dengue. Alguns são utilizados por moradores de ruas e usuários de drogas.
Na tarde de terça-feira, 8 de dezembro, o Jornal Leopoldinense deu uma volta rápida em alguns pontos da cidade e registrou alguns flagrantes de carros que foram esquecidos pelos donos. O número de veículos nas mesmas condições é imenso. De quem é a competência para agir nesses casos? O jornal Leopoldinense apurou que a responsabilidade é da Prefeitura de Leopoldina e já existe lei que ampara uma ação do poder público, porém, a burocracia está impedindo uma ação mais dinâmica para retirar os carros abandonados das ruas.
O fato é que, com a estação das chuvas, o risco desses carros se transformarem em criadouros do mosquito da dengue é muito maior. A situação é muito séria e pode se tornar muito grave se a retirada imediata deles das ruas não ocorrer antes que uma epidemia de dengue possa afetar a cidade.
Por outro lado, não basta transferir o problema de lugar com a ida deles para um depósito se lá não forem adotadas medidas para evitar que a água continue se acumulando no interior de suas carcaças, assim como já ocorre em alguns conhecidos depósitos de ferro velho. O que fazer numa situação como essa?
Se você sabe de algum carro nessas condições, pode fotografá-lo e enviar para o Jornal Leopoldinense Online via e-mail:
[email protected] com a identificação da rua onde ele está abandonado.
Criadouros do mosquito e medidas Preventivas Na zona urbana os principais criadouros são os recipientes artificiais descartados indiscriminadamente a céu aberto pela população e que servem como locais de acúmulo da água da chuva. Desta forma todo e qualquer depósito deve ser protegido a fim de garantir a não atração e proliferação do vetor. Os objetos e/ou materiais inservíveis devem ser eliminados, em primeiro lugar pelos moradores e posteriormente pelos Agentes de Controle de Vetor nas inspeções de rotina. Os criadouros são principalmente os carros abandonados e os depositados nos chamados ferro velhos, pneus, latas, vidros, garrafas, vasos de flores, pratos de vasos, caixas de água, tonéis, latões, cisternas, piscinas, tampinhas de garrafas, bebedouros de animais, entre outros. Muitas vezes, os pneus e os carros em depósitos de ferro velho são responsáveis por reinfestações à distância. Por esta razão recomenda-se sua guarda em local coberto e protegido da chuva. A redução de recipientes que possam servir como criadouros é ainda o melhor método para se prevenir a disseminação de mosquitos e, conseqüentemente, de doenças transmitidas por eles.
Ferro velho à margem da BR 116 onde se vê carros com vidros quebrados.