10/12/2015 às 11h20min - Atualizada em 10/12/2015 às 11h20min

Getúlio Subirá morre aos 85 anos

Getulio Subirá e seus netos, em foto de arquivo do jornal Leopoldinense
Faleceu nesta quarta-feira, 9 de dezembro, aos 85 anos de idade, no Monte Sinai, em Juiz de Fora, após longa internação no CTI daquele hospital, o professor de Educação Física Getúlio Subirá, que ficou famoso como treinador do Esporte Clube Ribeiro Junqueira em sua fase áurea.  Seu corpo foi sepultado às 11:00 horas, desta quinta-feira, 10 de dezembro, no Cemitério Público Municipal Nossa Senhora do Carmo em Leopoldina. Getúlio Subirá nasceu no interior do estado de São Paulo, no dia 25 de outubro de 1930 e veio para Leopoldina em 1956.

Professor Getúlio Subirá, o fiel depositário

Sergio Domingues França

Para atender aos clamores da época,  chegava a Leopoldina, vindo do Rio de Janeiro, no dia  9 de junho de 1.956, discípulo de Ernesto Santos, indicado por Jorge Vieira, técnico em atividade na 1ª Divisão do campeonato carioca, o professor  Getúlio Subirá.

Getúlio Subirá, adotara linhas táticas que revolucionaram o futebol de nossa região, do interior, implantando o 4-2-4 com variações para o 4-3-3 durante o desenvolvimento das partidas. Entre nós, novo sistema! O primeiro trabalho, a primeira apresentação como técnico aconteceu no dia 12 de junho de 1956 com a vitória, pelo placar de 2 x 1, contra a Portuguesa, da 1ª. Divisão do futebol carioca.

Uma das dádivas da memória para Subirá, que tem a enriquecer seu rico “curriculum”, o Tri e Tetra Campeonatos da Zona da Mata, foi a vitória por 3 x 1 em Recreio, contra o time de Amarildo. Resultado que significou a confirmação do tri – Dificílimo vencer o E.C.Recreio em seu gramado.

O RJ atuou com a seguinte formação: Dil, Coutinho, Cabeção, Jorge e Barão; Tebano e Raulzinho; Gilberto, Raul, Dirceu e Sapucaia. Gols de Raul (2)  e Dirceu (1), Amarildo diminuiu cobrando pênalti. Apesar da pressão em contrário, Subirá escalou Dil como goleiro, que fez belíssima partida.

Getúlio Subirá exerceu o cargo de Professor de Educação Física, no Colégio Estadual Prof. Botelho Reis, onde realizou significativo trabalho. Sob sua coordenação tivemos a primeira partida de futebol-salão em 1.957. Leopoldina venceu, sob sua orientação, a Olimpíada Estudantil de Cataguases.

Os primeiros jogos do Ginásio Poliesportivo Dr. José Bastos Faria Freire: Handebol masculino, basquetebol, vôlei feminino, futebol de salão, aconteceram sob sua orientação em 1.986.

No futebol, contudo, parece ter residido sua maior glória. Para ele o estudo das características, comportamento, procedimentos e reações eram fatores fundamentais, para o posterior desempenho do atleta. Do seu trabalho tudo exercia pré-determinado papel. Minucioso e objetivo. Getúlio Subirá refletia um todo.
Extraordinária figura humana! Caráter íntegro; bondade de coração, coragem, determinação; fidelíssimo às causas que se entregava. A admiração por Subirá não permaneceu nas linhas limítrofes  do retângulo onde rolava a “superball”. Aproximação que se transformou em amizade. Trabalhos juntos. Fiel depositário das mais delicadas revelações. Deste comportamento, a construção de uma história, com muitos e variados capítulos. Apegou-se ao princípio de que só uma coisa torna o sonho impossível; o medo de fracassar. Falava com um, ouvindo todos. Aprazava-nos chamar pelos momentos arquitetados pelo nosso Getúlio Subirá. Pormenores de conquistas, acontecimentos, suas próprias pegadas, então registradas em vários “diários” cuidadosamente arquivados. Filho de José Subirá e Rodriga Roque, chorou pela primeira vez em 25/10/1930 na cidade de Itaúna, São Paulo. O futebol, o esporte, não foram os únicos meios que encontrou para dar sentido à vida e a lidar com o amor. Em 12 de dezembro de 1.959, ouviu, ao lado de Maria José Junqueira Subirá, o “ego conjugo vobis in matrimonium”. Desta união, três filhos: Rinaldo, médico dermatologista, Rosana, bióloga e Rodriga, fonoaudióloga. Getulio Subirá teve cinco netos.


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