24/05/2016 às 21h16min - Atualizada em 24/05/2016 às 21h16min

Ministro Luís Roberto Barroso quer fim do foro privilegiado

"No Brasil é mais fácil colocar na cadeia um menino de 18 anos por 100 gramas de maconha do que um agente público que tenha praticado una fraude de alguns milhões".

Folhapress
Ministro Roberto Barroso defende fim do foro privilegiado e diz que é mais fácil colocar na cadeia um menino com maconha do que agente público corrupto.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso defendeu que as punições para os crimes de colarinho branco e o fim do foro privilegiado nesta segunda (22). Ele um dos convidados do "Fórum Veja", promovido pela revista em São Paulo.

"É preciso acabar ou reduzir o foro privilegiado, ou reservá-lo apenas a um número pequeno de autoridades. É um herança aristocrática", disse Barroso.

O ministro enfatizou que o processo do mensalão durou um ano e meio e ocupou 69 sessões do STF. "O foro privilegiado leva geralmente à impunidade porque é demorado", justificou.

Ele afirmou que prazo médio do recebimento de uma denúncia pelo supremo é de 617 dias, "ao passo que no juízo de primeiro grau o recebimento é de cerca de uma semana". O ministro também defendeu a criação de uma vara especial em Brasília para julgar políticos com foro com um juiz escolhido pelo STF para centralizar as ações.

Barroso falou sobre as heranças do da história do Brasil que fomentam a corrupção e disse que uma das principais "vicissitude é o inigualitarismo".

"No Brasil é mais fácil colocar na cadeia um menino de 18 anos por 100 gramas de maconha do que um agente público que tenha praticado una fraude de alguns milhões".
 


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