15/07/2016 às 16h50min - Atualizada em 15/07/2016 às 16h50min

25º Concurso Nacional de Poesias Augusto dos Anjos terá inscrições abertas em agosto

As inscrições serão abertas às 8 horas do dia 08 de agosto e serão encerradas às 18 horas do dia 02 de setembro.

Luiz Otávio Meneghite
O 25º Concurso Nacional de Poesias Augusto dos Anjos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Leopoldina, terá suas inscrições abertas no dia 8 de agosto sendo encerradas no dia 2 de setembro. A divulgação foi feita nesta sexta-feira, 15 de julho, em publicação no Diário Oficial dos Municípios Mineiros e no site oficial da Prefeitura de Leopoldina www.leopoldina.mg.gov.br

A Ficha de Inscrição estará disponível no blog da Academia Leopoldinense de Letras e Artes www.academialeopoldinense.net e deverá ser enviada junto com as poesias. O Concurso visa reconhecer e premiar a atuação de autores como forma de incentivo à produção poética. O Concurso contempla apenas a categoria de poesia e todos os demais gêneros textuais não serão avaliados. A temática das obras é livre. Clique aqui para ver a íntegra do edital

Premiação

O concurso premiará cinco poesias e três intérpretes, segundo os critérios da Comissão Julgadora.

Confira a premiação dos autores das poesias vencedoras:

• 1º Lugar: R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais)
• 2º Lugar: R$ 1.000,00 (hum mil reais)
• 3º Lugar: R$ 800,00 (oitocentos reais)
• 4º Lugar: R$ 500,00 (quinhentos reais)
• 5º Lugar: R$ 300,00 (trezentos reais)

Confira a premiação dos intérpretes das poesias finalistas:

• 1º Lugar: R$ 500,00 (quinhentos reais)
• 2º Lugar: R$ 300,00 (trezentos reais)
• 3º Lugar: R$ 100,00 (cem reais)

Para refrescar a memória

‘Avatares de nós dois’ foi a grande vencedora de 2015
Wendell Nogueira (*)

No ano passado, após um mês para inscrições, foram recebidas mais de 600 poesias, de todas as regiões do Brasil e de alguns países, como, Portugal e Japão. Com 473 poesias validadas, foram selecionadas 20 poesias. Trabalho duro da Comissão julgadora!
A final atraiu um bom público ao Museu Espaço dos Anjos

No início da década de 1990, quando as servidoras da Biblioteca Municipal Luiz Eugênio Botelho lançaram o primeiro Concurso de Poesias Augusto dos Anjos, poucas pessoas poderiam imaginar que o evento tomaria a proporção atual. Capitaneadas pela servidora municipal Maria Helena Vieira, a equipe lutou com bravura, adquirindo um tal grau de aprimoramento que já na quarta edição o certame teve âmbito nacional, e no ano seguinte, através da Lei nº 2.844, passou a fazer parte do calendário oficial do município. Ao longo desses anos, Leopoldina tem vivido momentos especiais de culto à poesia, através dos inúmeros poetas e declamadores que atualmente se apresentam na solenidade que marca o julgamento final deste concurso. Os autores locais têm, assim, oportunidade de conhecer seus pares, ouvir novas vozes, sentir outras emoções. E muitos pequeninos começaram a trilhar a estrada literária estimulados pela vivência deste acontecimento.
Os jurados tiveram muito trabalho

Em 2015, quando pela segunda vez a Academia Leopoldinense de Letras e Artes participou da organização do concurso, a grande vencedora foi a poeta Fernanda Hamann de Oliveira, da cidade do Rio de Janeiro com o pseudônimo de Joana Amarante, com a poesia ‘Avatares de nós dois’ , interpretada pela declamadora Angélica Vargas Santana:
Angélica Vargas Santana interpretou a poesia vencedora em 2015

AVATARES DE NÓS DOIS

O fascínio pela escrita
é o primeiro a me inspirar;
você, Jean-Paul Sartre,
eu, Simone de Beauvoir.
 
Eu trilhando o caminho
que os seus passos me apontarem;
você, Martin Heidegger,
eu, Hannh Arendt.
 
Você desejando me ter
numa ganância impertinente;
eu, Marilyn Monroe,
você, o presidente.
 
Eu dando vida e contorno
às cenas que você imagina;
você, Federico Fellini,
eu, Giulietta Masina.
 
Você criando homenagens
a um amor que nos faz existir;
eu, Gala, a musa,
você, Salvador Dalí.
 
Artista e modelo nus,
eternos no mesmo instante;
você, Pablo Picasso,
eu, a sua amante.
 
Nossa casa com jardim,
colorida na primavera;
eu, Frida Kahlo,
você, Diego Rivera.
 
Ai, quando tempo perdido
no gozo cego da fantasia;
eu sonhando acordada,
e você nem desconfia.

(*) Secretaria de Cultura
 

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