19/08/2016 às 10h17min - Atualizada em 19/08/2016 às 10h17min

Promessa de verbas para jornais da Zona da Mata.

Representando o jornal Leopoldinense, o jornalista Alair Ribeiro Silva
Melhor distribuição de verbas publicitárias para jornais da Zona da Mata mineira, um velho e inatingível sonho dos empresários da comunicação da região, seria o tema da Audiência Pública ocorrida na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, quarta-feira, dia 17 de agosto. Seria, por que de concreto houve somente a cobrança dos empresários de comunicação presentes, nada ficou decidido sobre a canalização de verbas publicitárias que se concentram nos jornais da capital.

A reunião foi requerida e presidida pelo deputado Isauro Calais (PMDB) e a mesa foi composta pelo presidente do Sindicato de Jornalistas de Juiz de Fora, Ricardo Miranda, por Silvan Alves, diretor do site “Silvan Alves” de Muriaé, por Marcelo da Silva Lopes, do “Site do Marcelo Lopes” de Cataguases, por Julio César Martins Gonçalves, do “Vigilante Online” de Leopoldina e pelo jornalista Alair Ribeiro, que representou o diretor-presidente do site e do jornal impresso “Leopoldinense”, de Leopoldina, impedido de comparecer por razões pessoais.

Os componentes da mesa foram unânimes em cobrar do deputado e, por extensão, da Assembléia Legislativa uma melhor distribuição das verbas publicitárias para ajudar na grave crise que enfrenta o jornalismo na Zona da Mata. Calais reconheceu isso citando a “Tribuna de Minas” que demitiu “neste ano mais de um terço de seus jornalistas” para cortar despesas. O deputado lembrou também que a Zona da Mata “forma 400 jornalistas por ano” que são jogados num mercado em crise.

Miranda, do Sindicato dos Jornalistas, depois de citar a demissão de jornalistas mais antigos e experientes para contratação de novos e “mais baratos”, como forma de contornar a crise, pediu “mais respeito pelo jornalismo da Zona da Mata” e indagou do deputado Calais “por que não levar a TV Assembleia para Muriaé, Ubá, Leopoldina?”.

Esse foi o mote para desviar do assunto principal: verbas legislativas para a Zona da Mata, que recebe migalhas da gorda distribuição que se concentra nos jornais da capital mineira.

O jornalista Alair Ribeiro discorreu sobre notícias falsas das redes sociais que acuam o profissional que quer apurar os fatos, do direito de imagem, que pode trazer processos para os órgãos de imprensa e que recebem reclamações dos leitores, da falta de dinheiro para contratação de jornalistas para o trabalho de campo: garimpar e apurar a notícia.

Ribeiro citou o fato acontecido com o “Leopoldinense” em que um prefeito da cidade, alvo de críticas fundamentadas do jornal, começou publicar seus editais em outra cidade como forma de censurar a publicação.  O jornalista sugeriu a criação de uma Associação de veículos de imprensa da região para fortalecer a luta por verbas e para coibir atitudes como a que foi tomada contra o “Leopoldinense”.

Julio César de “O Vigilante Online” pediu ao deputado que fizesse gestões junto à Assembléia para que a Escola do Legislativo promova cursos on-line de qualificação para os profissionais da região.

No encerramento, o deputado Isauro Calais, citou esse fato como uma forma de censura aos veículos de comunicação: a censura econômica e prometeu encaminhar ao Governador do Estado, Fernando Pimentel, ao presidente da Assembléia Legislativa, Adalclever Lopes, e ao Diretor da Comissão de Cultura, Deputado João Bosco (PT do B) o resultado da Audiência Pública e mesmo para pressionar por resultados práticos para a Zona da Mata e foi lembrado por Ribeiro, do “Leopoldinense” que já que “deu esperanças não pode deixar morrer essa promessa de apoio ao jornalismo da Zona da Mata”. 


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