29/09/2016 às 08h28min - Atualizada em 29/09/2016 às 08h28min

Brênio Coli Rodrigues concede entrevista exclusiva ao jornal Leopoldinense

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Brênio Coli Rodrigues (Imagem: Focus)
Debater os problemas do município e apontar soluções para os mesmos foi o foco da entrevista com o candidato a prefeito de Leopoldina, Brênio Coli Rodrigues. A entrevista foi feita a partir de questionamentos sobre alguns problemas do município, enviados diariamente ao jornal Leopoldinense pelos leitores, via facebook principalmente. Assim, os diretores do jornal acreditam estar verdadeiramente, contribuindo para o debate democrático. “Temos a convicção de que não basta se candidatar e pedir votos; é preciso mostrar ideias, apontar soluções e sustentar suas opiniões perante o eleitorado. Eis uma boa chance para falar diretamente com o eleitor e, talvez, conseguir bons votos”.
 
JL -Fale um pouco sobre sua trajetória pessoal como político e sua experiência como gestor público.
 
BC: Tenho 28 anos de experiência na política. Fui cinco vezes vereador, sendo três vezes Presidente da Câmara (sendo duas vezes como oposição ao governo da época). Fui duas vezes vice-prefeito. Sou empresário, formado em contabilidade e tenho uma vasta experiência em gestão. Consegui, com tantos anos de trabalho, um bom convívio no meio político e assim conseguirei exercer o cargo de prefeito e comandar Leopoldina pelos próximos quatro anos.
 
JL -Por que e para que o senhor pretende candidatar-se a prefeito de Leopoldina? Cite bons motivos para o eleitor votar no seu nome.  Qual é seu principal lema de campanha e por quê?
 
BC: Entrei na política com o objetivo de proporcionar melhores condições de vida para os cidadãos leopoldinenses. Entendo que estou preparado para assumir a Prefeitura de Leopoldina e poder contribuir ainda mais para a nossa população. O nosso lema de campanha é “Unidos Somos Muito Mais”, que sintetiza essa ampla união com 12 dos maiores partidos do país, todos com o objetivo maior de trabalhar em prol da nossa cidade.
 
JL –Quais os problemas que ainda temos no setor de Saúde e o que pretende fazer para melhorar a situação? O que o senhor tem planejado para a Casa de Caridade Leopoldinense?
 
BC: Um problema grave é que se construiu muitas Unidades Básicas de Saúde – UBS, mas o principal não foi feito, fazer funcionar. No meu entendimento, 10 postos de saúde que funcionam seria melhor que ter 20 que não funcionam. O básico da saúde é médico, remédio e exame. Os postos de saúde funcionando bem, automaticamente, o pronto socorro e o hospital serão aliviados, pela carga de pacientes que se acumulam precisando de atendimento. A saúde tem que melhorar. Sabemos que não podemos chegar a 100% do ideal, devido às circunstancias do país, mas com certeza a saúde de Leopoldina vai melhorar e muito. Temos os deputados Wilson Batista, Misael Varella, e seu pai Lael Varella, especialistas nessa área de saúde, em aplicar recursos públicos, que nos ajudará com recursos, emendas parlamentares, para implementar a saúde de Leopoldina.
 
JL –Quais políticas de emprego e renda pretende implantar no município para alavancar a economia local que se encontra estagnada? O senhor tem alguma proposta para atrair novas empresas para a cidade? 

BC: Em minha experiência de empresário, observei que sempre quando vieram grandes empresas para nossa cidade, em pouco tempo, eram desativadas. Prefiro estimular a vinda de pequenas empresas, de pequeno e médio porte, com menor volume de empregados, mas em maior quantidade de empresas.  Nós sabemos a situação do país e não sabemos quando voltará a normalidade, portanto, de imediato, vamos atender às nossas empresas locais (visando o crescimento destas) e estimular o microempreendedor individual.
 
JL -Como ajudar o pequeno agricultor e que propostas o senhor tem para o homem do campo?
 
BC: O produtor rural precisa principalmente de acesso à sua propriedade. Sem estradas, o produtor não consegue escoar sua produção. Vamos manter as estradas adequadas. Hoje, a prefeitura não tem um levantamento de quantas pontes secas existem e quantos quilômetros de estradas vicinais temos. Juntamente com o Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural, o qual já tivemos contato e que não tem apoio da atual administração, vamos criar um grande projeto para reivindicar recursos para fazer as pontes em pré-moldado, eliminando grande parte das pontes secas. O nosso grande forte é a Bacia Leiteira, que traz muitos rendimentos, o produtor rural precisa da estrada em boas condições. O que o produtor rural pede é muito pouco, para uma cidade que arrecada quase 5 milhões de IPVA por ano.
 
JL –O que o senhor pretende fazer com os lixões a céu aberto em alguns pontos da cidade, os chamados ‘Bota Fora’? O senhor pretende melhorar a coleta de lixo na cidade?

BC: “Bota Fora” é uma coisa, “Lixão” é outra. Vamos fiscalizar o “bota fora” para entulhos de obras e não para lixo domiciliar, para que se reutilize esses restos de material, nas estradas rurais. Os particulares, que fazem do “bota fora” um lixão, vamos fiscalizar, multar e até fechar, se for o caso. O secretário da Limpeza Urbana tem que acompanhar isso mais de perto, dando opção ao cidadão onde descartar. Esse é um propósito nosso de imediato, pois o custo é zero e o resultado eficaz. E, claro, vamos melhorar, e muito, a coleta de lixo na cidade.
 
JL -O que será feito para resolver o problema do esgoto que está poluindo nossos córregos e rios?
 
BC: Vamos tentar junto com os deputados viabilizar recursos, não sendo possível, aos poucos vamos fazer duas linhas paralelas ao córrego Feijão Cru, eliminando grande parte do esgoto que escoa no córrego. A rede de esgoto, quando há o mau cheiro, é devido estar sendo escoado na rede pluvial. Como não existe a rede de esgoto e não há manutenção, o mau cheiro é inevitável. Então aos poucos, vamos construir novas redes de esgoto, separando a rede pluvial e orientando o escoamento.
 
JL -Quais os planos para mudar a atual situação das estradas que ligam Leopoldina a Providência e da estrada que liga Leopoldina a Abaiba?
 
BC: Sabe-se que não tem uma licitação, já teria que ter sido feita para as linhas dos distritos. Mas vamos ser claros, são 20 km de estrada de chão, o problema é com Providência e Abaíba. Segundo informações, a linha de Abaíba é deficitária. Para o funcionamento dessas linhas precisamos deixar as estradas em boas condições e tentar viabilizar uma licitação. Faremos um estudo da viabilidade dessas linhas, pensando na segurança das pessoas e em facilitar o acesso, mostrar que os distritos fazem parte de Leopoldina, criando soluções para essas estradas, que estão abandonadas pela atual administração.
 
JL -O município de Leopoldina tem um conjunto de casas populares cuja construção está inacabada. O que fazer para mudar essa triste realidade?
 
BC: Salvo engano, essa atual administração não entregou uma casa sequer.  O nosso compromisso é terminar as obras inacabadas e entregar todas, o quanto antes, se possível em 2017 mesmo.
 
JL -Qual a opinião do senhor sobre a implantação do estacionamento rotativo no centro da cidade?
 
BC: Antes de tomar uma decisão nesse sentido, temos que ouvir os técnicos em engenharia de trânsito e, principalmente, a população. Vamos realizar pesquisas, consultar o Conselho de Trânsito, realizar audiências públicas juntamente com os vereadores, enfim, dialogarmos para chegarmos a uma conclusão sobre a implantação.
 
JL -Que providências serão tomadas para resolver o grande número de cães abandonados pela cidade?
 
BC: Veja bem, esse é um tema que seria bem resolvido através de parcerias com ONGs da área, como a AVAC e a Faculdade de Viçosa, com o objetivo de implementar uma política pública de controle de animais abandonados em nossa cidade.
 
JL - Por que importantes espaços de lazer e turismo estão abandonados, como por exemplo, o Horto Florestal e o Morro do Cruzeiro?
 
BC: Questões de prioridade. O horto pode ser muito mais aproveitado, uma área enorme de lazer, açude, etc. Precisamos melhorar o acesso e colocá-lo em funcionamentopara estimular à família a ir ao horto, como existe em outras cidades. Houve um descaso da administração atual, faltou investimentos. O morro do Cruzeiro é outra atração turística de nossa cidade, mas muito pouco se usa. Poderíamos melhorar o acesso e dar mais condições de explorar o local, estimulando competições de vôo livre.
 
JL –Após mais de dois anos de aprovada a Lei Municipal de Incentivo à Cultura Vitalino Duarte não foi regulamentada.  Está nos planos do senhor colocá-la em prática?
 
BC: Lei é lei. Tem que acabar essa história em Leopoldina: a Câmara aprova, o prefeito sanciona e depois não regulamenta. Quando era vereador, fui autor da lei do moto taxi em Leopoldina. A mesma foi aprovada, por unanimidade, pelos meus colegas vereadores da época, o prefeito sancionou e ela só foi colocada em prática há dois anos. Quanto a Lei Vitalino Duarte, ela foi sancionada e não regulamentada pela atual gestão, infelizmente. Com a experiência que eu tenho do Poder Legislativo, eu sei que lei aprovada e sancionada, tem que ser regulamentada e cumprida. Assim sendo, certamente regulamentarei e a colocarei em prática, para que a classe artística e, sobretudo, a população, possam ser beneficiadas através dos incentivos e do Fundo de Cultura.
 
JL - Por que algumas praças em bairros estão abandonadas? Por que as calçadas e passeios das ruas da cidade não são cuidados? A prefeitura poderia fiscalizar essa parte?
 
BC: Simplesmente porque os bairros estão abandonados. O que mais ouvi nessas andanças pelos bairros de Leopoldina é a reclamação de abandono, não há capina, calçados e passeios esburacados e não preservados, postes caídos, lâmpadas queimadas, uma verdadeira vergonha. Coisas simples, que resolveremos rapidamente, com mais atenção e carinho. A impressão que se tem é que a prefeitura não fiscaliza como, também, não faz nada para mudar esse panorama.
 
JL - O senhor acha que a cidade de Leopoldina atualmente está carente de políticas públicas voltadas para a juventude e consequentemente para a inclusão social?
 
BC: Carente?! Não existe política pública em Leopoldina para a juventude. Vamos implementar políticas para incluir o jovem no mercado de trabalho (a melhor inclusão social que existe), dando condições para qualificá-lo e prepará-lo, pois eles estão famintos por oportunidades.
 
JL - Quais os problemas que ainda temos no setor de Educação e o que o senhor pretende fazer para melhorar a situação?
 
BC: Eu tenho dois professores universitários na linha de frente, um é o meu vice (Rodrigo), o outro é meu coordenador de campanha (Zé Newton). Eu vou deixar isso a cargo dos dois para melhorarmos a educação. Eu poderia falar aqui do meu plano de governo, mas como não sou expert no assunto, quem melhor pra falar e fazer a educação funcionar do que um professor? Vamos dar mais estrutura e qualificação para os professores, valorizar essa classe que esperou 8 anos para receber o piso (de forma discutível ainda). Farei ao contrário do atual prefeito, vou aproveitar o meu vice, que é professor universitário, naquilo que ele tem de melhor (Educação), assim como em vários outros pontos. Com certeza, com Rodrigo e Zé Newton nós vamos melhorar muito a Educação em Leopoldina. 
 
JL - O senhor já tem nomes em mente ou pelo menos uma ideia ou perfil de quem o senhor gostaria de ter em sua equipe de governo, caso eleito?
 
BC: Vou governar com técnicos especialistas em suas áreas, dentre os nossos companheiros. Não tenho nomes, vou ouvir os partidos, as indicações, analisar os currículos e escolher aqueles que melhor se encaixam nas respectivas áreas. Não nomearei ninguém que não tenha conhecimento sobre o assunto que irá cuidar da prefeitura.
 
JL – Qual será a participação do vice-prefeito em seu governo?
BC: Ninguém melhor do que eu para falar sobre vice. A Constituição Federal é bem clara, o vice é para substituir o prefeito. Mas caso que você queira trabalhar em parceria, o que é o meu caso, eu quero utilizar o meu vice o máximo possível, quero dar poderes a ele, porque a prefeitura é um trabalho conjunto, ninguém ganha eleição sozinho, todo mundo ganha eleição em grupo.
 
JL - Qual a sua mensagem para nossos leitores, internautas e para o povo leopoldinense que acompanha esta entrevista como candidato a prefeito de Leopoldina através do jornal Leopoldinense?
 
BC: A renovação é necessária, ninguém pode se perpetuar no poder. A hora é essa, respirar novos ares, conhecer novas ideias, nova forma de administrar, não olhar pra trás, só pra frente, para novos tempos, para nossos filhos, para os nossos netos, tem que dar oportunidade ao novo. Espero que no dia 2, o povo entenda meu recado e vote 55, Breno e Rodrigo.


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