12/12/2016 às 14h31min - Atualizada em 12/12/2016 às 14h31min

Experiência educativa para jovens dá cinema de primeira

Onze coletivos de garotas e garotos de 15 a 18 anos de 10 escolas públicas da Zona da Mata e de uma particular, a Escola da Serra, da capital mineira. Muitas ideias na cabeça, câmeras na mão e 11 releituras livres do filmeA Família Dionti”, do cineasta carioca Alan Minas (ficha técnica e outras informações ao final). Essa deliciosa mistura rendeu os curtas-metragens que serão lançados em Cataguases no dia 15 de dezembro, às 16 horas, no Estúdio-Escola da Fábrica do Futuro, inaugurandoo Cineclube Tela Viva.

O processo, que integra as iniciativas do Polo Audiovisual da Zona da Mata a serviço da educação integral, começou como novidade para a maioria desses estudantes. Em julho, eles deixaram suas cidades, acompanhados por professores, e aportaram em Cataguases, onde assistiram pela primeira vez ao longa de Alan Minas e participaram de debate com o diretor, a produtora, artistas mirins e equipe local do filme. Oficina de criação dos curtas, coordenada por equipes da Cocriativa, produtora de Belo Horizonte, e do Projeto Escola Animada, de Cataguases, fechou o ciclo das atividades na cidade de alma modernista.

Na volta, encontros até o mês de agosto, realizados nas escolas participantes do projeto, trataram de levantar possibilidades para o desenvolvimento do roteiro. O mergulho foi conduzido também por meio do PROAR - Plataforma de Produção Audiovisual em Rede, ambiente de ensino à distância desenvolvido pela Fábrica do Futuro para criação, produção e difusão de conteúdos audiovisuais, educacionais e multimídia na internet.

Outro recurso empregado foi o Toró de Ideias, sugestivo nome dado às oficinas presenciais onde os coletivos ampliaram a reflexão e exploraram vertentes de criação abertas pelo belo filme do diretor Alan Minas.

Em setembro chegou a hora de pôr o pé na rua e rodar os curtas. O projeto reuniu cerca de 150 jovens de seis cidades da região e de BH em um percurso que estimula a experiência artística pelo audiovisual e promove a autonomia criativa, em diálogo direto com o conceito de Educação Integral, envolvendo, de forma dinâmica e inovadora, os inúmeros elementos que compõem a cadeia produtiva do audiovisual e a cidadania cultural.

As 11 produções audiovisuais foram, enfim, finalizadas, e estão ávidas para se mostrarem. Para Alan Minas e a produtora Daniela Vitorino, que também só verão o produto da empreitada no lançamento de dezembro, “as sinopses são instigantes, criativas, poéticas, e dialogam diretamente com a pegada do filme”.
 
Mais informações com:
Beth Sanna - [email protected] - 31 98860-5220
Paulo Barcala- [email protected] - 31 98801-7736
Serviço
 
Escolas e comunidades participantes:
 
  • Além Paraíba: COLETIVO SANTA RITA
  • Belo Horizonte – COLETIVO ESCOLA DA SERRA
  • Cataguases: COLETIVO MARIETA SOARES TEIXEIRA
  • Cataguases: COLETIVO CINECLUBE STELLA
  • Juiz de Fora / Benfica: COLETIVO ALMIRANTE BARROSO
  • Leopoldina: COLETIVO PROVIDÊNCIA
  • Leopoldina: COLETIVO PIACATUBA
  • Muriaé: COLETIVO BELISÁRIO
  • Muriaé: COLETIVO ORLANDO FLORES
  • Muriaé: COLETIVO ORLANDO FARIA
  • Visconde do Rio Branco: COLETIVO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA
 
O filme-mãe
 
O longa-metragem “A Família Dionti” tem direção do cineasta carioca Alan Minas e produção de Daniela Vitorino, da Caraminhola Filmes. Totalmente produzido no Polo Audiovisual da Zona da Mata, foi premiado pelo Júri Popular como Melhor Longa-metragem no 48° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Melhor Roteiro no 10º Festival Internazionale Young About, em Bolonha, Itália, Melhor Ator para Murilo Quirino no San Diego InternationalKidsFilm, nos Estados Unidos, e Prêmio Latin American Fund  2015, do TribecaFilmInstitute NY.

Após percorrer festivais nacionais e internacionais, o filme tem lançamento nacional previsto para março de 2017, em Belo Horizonte, e a partir daí ganha as salas de várias capitais brasileiras.

“A Família Dionti” narra a fantástica história de um pai e dois filhos adolescentes que vivem num sítio no interior de Minas Gerais. A mãe derreteu de amor, evaporou e partiu. Enquanto sonha com a volta da mulher a cada chuva que cai, o pai cuida dos filhos com olhar atento, preocupado com a possibilidade de que tenham herdado o dom da mãe. Mas o mais velho é seco e chora grãos de areia. Já o caçula, ao se apaixonar pela primeira vez por uma garota de circo, literalmente se liquefaz de amor.
 
Educação Integral e Economia Criativa
 
Nasce com esse projeto o desenvolvimento de uma Plataforma Educativa, hospedada na internet, pela qual será possível acessar guia completo de orientação a professores e alunos sobre criação e produçãoem rede, midiateca, jogos educativos, oficinas de produção, Vídeos onDemand e loja virtual, onde (trans)crias dos filmes produzidos no Polo Audiovisual da Zona da Mata se multiplicarão, ganhando os mais diversos formatos: obras seriadas para TV e Internet, documentários, curtas-metragens, animações, moda, brinquedos, design, objetos de uso pessoal, decoração, games e o que mais a imaginação sonhar. O ambiente projetado busca expandir a experiência cultural do produto audiovisual, ampliar sua escala de presença no mercado tradicional e abrir novas oportunidades de negócios.
 
Pé no acelerador
 
A Aceleradora Transmídia, nova frente de trabalho gestada pela Fábrica do Futuro no âmbito do Polo Audiovisual da Zona da Mata, faz parte do Projeto Estações Criativas e tem o patrocínio da ENERGISA, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LEIC-MG), e parceria com o BH-TEC – Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o SEBRAE-MG e a Fundação Cultural Ormeo Junqueiro Botelho.

Nessa sua primeira experiência, a AT conta com três pistas principais de decolagem: a Plataforma Educativa que emerge com os curtas-metragens inspirados no “A Família Dionti”; o Canal de Histórias - Imigrantes, referenciado no longa “Estive em Lisboa e lembrei de você”, que narra histórias de vida de brasileiros que moram no exterior;  e a terceira, ainda em fase de roteirização, que já nascerá com estratégia transmidiática, será desdobrada a partir do livro “A vida no céu”, do escritor luso-angolano José Eduardo Agualusa.

O HUB de produtoras já integradas à AT é recheado: Voltz Digital, Tempero Filmes, Filmegraph, Aldeia Produções, Rio Novo Filmes, D2R Studios, Motrix Filmes, Cocriativa e Tai Produções, de Belo Horizonte; Mutuca Filmes, Picadeiro Digital, Pia Estúdios, Hidratasom, Oficina de Teatro Pequenos Grandes Atores e Agência 21, de Cataguases; e Cabeça de Vento Filmes, de Visconde de Rio Branco. 
 
 
 
 
O Projeto Escola Animada é uma iniciativa do Instituto Fábrica do Futuro, em parceria com o Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais,e tem o patrocínio da ENERGISA e da CBA - Companhia Brasileira de Alumínio.
 
 

 


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