19/12/2016 às 21h01min - Atualizada em 19/12/2016 às 21h01min

Baianos do Paraguai

Luciano Baía Meneghite
 Uma das coisas que sempre me incomodaram é a forma que muitos aqui no sudeste se referem aos nordestinos. Não digo nem do preconceito contra eles, mas do desconhecimento das diferenças entre os nascidos em um estado ou outro.   É só ter nascido  do norte de Minas pra cima que aqui é tudo considerado “baiano” ou as vezes “Paraíba”. Em Leopoldina conheço um monte de “baianos” do Ceará, de alagoas, do Rio Grande do Norte e vejam só; até do Pará. Baianos mesmo não me lembro de muitos.

 Assim como as muitas Minas de Guimarães Rosa, os estados nordestinos têm suas diferenças culturais; no sotaque, nas comidas, nas artes.   Não é só Bahia.

Nada contra os baianos, mas tem muito baiano do Paraguai por aí.

Ih... vão dizer que é preconceito contra os paraguaios.

Um dos meus bisavôs, Gabriel Cândido da Silva pelo que me contaram, nasceu em Salvador-BA e veio ainda criança, no lombo de burro para a região de Guidoval-MG onde ganhou o apelido de “Bahia” e quando se casou e teve filhos, ao invés de registrá-los com o sobrenome Silva, preferiu usar o apelido “Baía” sem “H”.   Portanto, era pra eu ser Silva, mas também sou Baía. E mineiro.    


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