16/04/2017 às 11h07min - Atualizada em 16/04/2017 às 11h07min

Leopoldina só tem ladrão de galinha?

Luciano Baía Meneghite
 
Leopoldina é uma cidade curiosa. Dos seguidos furtos e roubos recentemente acontecidos, só ficamos sabendo (quando sabemos) dos nomes dos ditos “pés de chinelo”. Esses, na maioria das vezes, cometem delitos motivados pelo vício em drogas e são malhados como Judas. Mas quem são os receptadores? E de onde vem a droga que os vicia? Não falo dos aviõezinhos, mas dos grandes fornecedores.
 
 Será que por aqui só exis­tem Macumbas, Nokinhas, Niquinhos e outros “inhos” a serem abatidos como se isso resolvesse todos os males? Todo crime deve ser combatido dentro da lei, mas por aqui parece que as únicas grandes bocas são as dos fofoqueiros. Ninguém vende ou compra carga roubada. Não tem cor­rupção, propina, desvio. Leopoldina é abençoa­da! Aqui os “grandes bandidos” roubam panelas, eletrodomésticos, varal de roupa e a galinha do vizinho. Os outros? É como escreveu Chico Buar­que em “Homenagem ao Malandro”:
 
“Agora já não é normal, o que dá de malandro
Regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal”

 


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