22/01/2018 às 10h08min - Atualizada em 22/01/2018 às 10h08min

Secretaria de Saúde divulga locais e horários de vacinação contra a febre amarela em Leopoldina

O município de Leopoldina tem positividade para Febre Amarela em primatas não humanos (macacos) que foi diagnosticado no início do ano passado.

Maria Luiza Junqueira/Referência em Vigilância em Saúde.

A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, causada pelo vírus da febre amarela transmitido pelo fêmea dos mosquitos Haemagogus e Sabethes (mosquitos de hábitos silvestres) e pelo Aedes aegypti (mosquitos de hábitos urbanos).

A maior frequência da Febre Amarela ocorre entre os meses que vão de Dezembro à Maio, quando aumenta a proliferação do vetor. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tomou a vacina é picada por um mosquito infectado. A doença pode apresentar-se com quadro clínico inaparente, pouco sintomático até formas fulminantes.

As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de 03 dias. 10% dos pacientes desenvolvem a forma grave da doença, que ocorre depois de um período breve de melhora dos primeiros sintomas. A febre reaparece, há hemorragias, insuficiência hepática e renal. Um dos sintomas é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Cerca de 50% dos casos graves chegam a óbito em um período de 10 e 14 dias.

O município de Leopoldina tem positividade para Febre Amarela em primatas não humanos ( macacos) que foi diagnosticado no início do ano passado. Em Agosto do ano passado e Janeiro desse ano houve mais mortes em macacos, porém, não tivemos ainda liberação dos laudos das biópsias, o que leva a não se saber a causa morte desses primatas.

Nos arredores do nosso município houve casos de óbitos em humanos positivos para Febre Amarela, na cidade de Goianá e Mar de Espanha e Juiz de Fora, o que faz com que o município de Leopoldina se encontre em alerta e necessite da mobilização da população para fazer o bloqueio vacinal.

A medida básica e fundamental para a prevenção e controle da Febre Amarela é a vacinação. Por este motivo o Ministério da Saúde alerta que toda a população deve ser imunizada.

A vacina faz parte do nosso calendário vacinal e é administrada em dose única garantindo proteção por toda a vida segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A meta para o Ministério da Saúde é que seja vacinada no mínimo 95% da população e o município de Leopoldina ainda não atingiu essa cobertura. Necessitamos que a população procure nossos Postos de Saúde o quanto antes para que seja feito o bloqueio vacinal, principalmente aquelas pessoas que moram ou trabalham em área rural, uma vez que esse é o habitat do macaco que é o hospedeiro da doença. Porém, lembramos que não é o macaco que transmite a doença, ele é tão vítima dela quanto o ser humano, o mosquito infectado é que carrega o vírus e o transmite.    É preciso que toda a população compreenda que o macaco é nosso aliado, nosso “termômetro”. A partir do momento que encontramos um macaco morto, a equipe de saúde inicia um trabalho de bloqueio nessa região. Se as pessoas começarem a matar macacos por medo de transmissão, vamos perder o nosso “sinalizador”.

Os pontos de vacinação do Município de Leopoldina são: PSF I – Quinta Residência; PSF II – Bandeirantes; PSF III – São Cristóvão; PSF VI Tebas/Piacatuba; PSF VII – Providência/Abaíba; PSF XI – Ribeiro Junqueira; PSF XIII – Pirineus, os quais tem horário de funcionamento das 8:00h as 15:30h; e o Pólo de Saúde Agostinho Pestana, com horário de funcionamento das 8:00h as 17:00h.

Não deixem de procurar nossas salas de vacina, a única forma de se prevenir a doença é através da vacinação.

A vacina é contraindicada:

*Crianças com menos de 06 meses de idade;
*Mulheres que amamentam no peito crianças até os 06 meses de vida;
*Indivíduos com histórico de reação anafilática a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contém proteína animal bovina);
*Pacientes com histórico de doenças do timo (miastenia grave, timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), devem buscar orientação de um profissional de saúde;
*Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza:
*Infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
*Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
*Pacientes transplantados;
*Pacientes imunodeficiência primária;
*Pacientes com neoplasias.

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