03/01/2019 às 20h50min - Atualizada em 03/01/2019 às 20h50min

Não é só reclamar, mas plantar

Texto e fotos - Luciano Baía Meneghite
Os antigos pomares e hortas caseiras, comuns em cidades pequenas como Leopoldina vão sendo tomados por novas construções. O que era verde vai virando cinza.  Com o desmatamento, às queimadas e ao plantio indiscriminado de eucalipto, as cidades vão ficando mais quentes. Animais silvestres como micos, maritacas, gambás e tucanos passam a buscar alimento na zona urbana, causando desequilíbrio e transtornos. Além disso, a poda insistentemente incorreta e fora de época das árvores urbanas seguem sacrificando milhares de pássaros.  


É cada vez mais comum animais silvestres em busca de alimento na área urbana de Leopoldina

Bom seria um reflorestamento ao menos no entorno da cidade, mas enquanto isso não é feito, podemos minimizar um pouco o problema.  Muitos pássaros se alimentam de frutas e podemos plantar algumas delas em áreas urbanas, como praças, jardins e terrenos vagos. Claro que tem que haver critério e bom senso. Em praças, por exemplo, não é recomendado o plantio de frutos muito grandes, para evitar possíveis acidentes. É preciso também saber o formato e tamanho que atinge a copa e raízes das espécies plantadas, para manter distância adequada de outras árvores, tubulações, fiações e pavimentos.


Árvores plantadas em 2006 por voluntários como Fernando Brandão e Joaquim Pacheco na Praça da Cohab Velha

Há também a questão estética. Não vai se plantar bananeira, melancia ou maracujás em logradouros públicos. (Em Leopoldina há alguns anos, plantaram maconha na praça General Osório) Algumas plantas são mais adequadas para terrenos baldios. Há muitas frutíferas usadas em paisagismo. Na dúvida é bom consultar quem entenda do assunto.



Recentemente plantei mais algumas mudas na abandonada Praça da Cohab Velha.  Em frente de nossa casa, no mesmo bairro, existe um terreno no qual antes jogavam lixo e entulho. Com a permissão da proprietária Juliana Salomão Pimentel e a colaboração de alguns vizinhos, eu, meu irmão e minha mãe, o transformamos em uma horta comunitária. Com três meses já começamos a colher.

Sabemos que outras pessoas também realizam plantios semelhantes sem querer aparecer ou sem algum outro interesse que não seja contribuir para melhorar os locais em que vivem.

Não é preciso gastar grande soma de dinheiro. Bastam um pouco de terra, adubo, algumas sementes e boa vontade.
 

Antes um terreno baldio que estamos transformando em horta comunitária

 


 


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