08/10/2021 às 16h35min - Atualizada em 08/10/2021 às 16h35min

Estacionamento rotativo é a solução para encontrar vagas no centro, mas não sai do papel

“Acho mais fácil entrar no Rio de Janeiro do que entrar em Leopoldina”, diz empresário que ficou anos fora de Leopoldina

Luiz Otávio Meneghite
Centro de Leopoldina (Foto: Luciano Baía Meneghite)
Nesta sexta-feira, 8 de outubro, reencontrei um amigo que não via há alguns anos e durante alguns minutos conversamos de tudo um pouco, principalmente recordando de fatos ocorridos num passado já distante. Nosso papo foi interrompido por uma ação policial no momento em que chamaram um caminhão guincho para recolher uma motocicleta estacionada em local proibido no centro de Leopoldina.
 
Ele ficou estarrecido com a chegada do condutor do veículo, com aparência de ser uma pessoa simples e pela vestimenta, que o identificava como um trabalhador que tinha estacionado a motocicleta para resolver algo num comércio próximo e tinha encontrado dificuldades para estacionar
 
Nossa conversa então passou a focar no confuso trânsito de Leopoldina onde a sinalização é falha de tal forma que é mais fácil um leopoldinense entrar no Rio de Janeiro do que um carioca entrar em Leopoldina. Ele próprio confessou que tinha dificuldades de encontrar alguns locais aqui na sua terra natal e no Rio não encontra problemas dessa natureza.
 
Papo vai e papo vem, começamos a observar o número de veículos com anúncios de ‘vende-se’ estampados no para brisas ou no vidro traseiro. Entra um terceiro na conversa e diz que a maioria deles é estacionada pela manhã e só é retirada no final da tarde. Contamos mais de 10, só na região mais central da cidade, com tal tipo de anúncio. No meio da conversa surgiu a opinião de que a solução é diminuir privilégios e introduzir o estacionamento rotativo, popularmente conhecido como ‘faixa azul’.
 
Lembrei aos meus interlocutores que o sistema rotativo já funcionou por algum tempo em Leopoldina, isso no século passado, quando, apesar da falta de recursos tecnológicos que existem à farta hoje em dia, funcionou bem com a utilização dos famosos guardas mirins dando dois bons resultados: mantendo sempre vagas disponíveis para estacionar e ocupando adolescentes numa função nobre que contribuiu para encaminhar a maioria deles para o bem.
 
Para finalizar, vale a pena lembrar o que pensava o prefeito Pedro Augusto Junqueira Ferraz quando concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Leopoldinense durante a campanha eleitoral de 2020. Transcrevemos abaixo a pergunta e a resposta naquela oportunidade:

 
JL - Qual a opinião do senhor sobre a implantação do estacionamento rotativo no centro da cidade?
Pedro Augusto – Sou totalmente a favor da implantação do sistema rotativo, e vou um pouco além. Leopoldina é uma cidade desprovida de qualquer planejamento, seja ele de trânsito ou de sinalização. Uma pessoa de fora da cidade, por exemplo, tem dificuldades de estacionar em nosso município. Não há placas indicativas de localização de bairros, nem mesmo de local onde os prédios da Prefeitura e do Fórum estão situados. Precisamos cuidar da cidade também neste sentido, para que as pessoas possam ter o mínimo de informações a respeito daqui.
 
Nota da redação>  Estamos no 10º mês do atual governo municipal e não dá para observar alguma ação oficial neste sentido. É hora de começar a cobrar.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »