22/03/2023 às 09h18min - Atualizada em 22/03/2023 às 09h18min

Será que o mau cheiro do esgoto sanitário em Leopoldina terá um fim?

Em várias bocas de lobo, bueiros e principalmente do Feijão Crú, o odor fétido é insuportável.

Luiz Otávio Meneghite
Córrego Feijão Crú, um esgoto a céu aberto que corta toda a cidade de Leopoldina (Arquivo jornal Leopoldinense)
O jornalismo praticado pelo Jornal Leopoldinense tem como norte o slogan ‘A consciência crítica da cidade’, criado por um de seus fundadores, o famoso e laureado jornalista José Barroso Junqueira, que trabalhou na imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo, tendo percorrido boa parte das Américas a serviço da ONU-Organização das Nações Unidas. Em seu currículo consta a criação dos Estatutos das primeira Unimed do Brasil, na cidade litorânea de Santos, Estado de São Paulo. No final de sua carreira profissional ele resolveu retornar à Leopoldina, sua terra natal, tal como fez o nosso atual prefeito Pedro Augusto Junqueira Ferraz, que pelo sobrenome fica claro o parentesco entre eles.

Tive a honra e o orgulho de com ele trabalhar na Gazeta de Leopoldina, no jornal Equipe, na Rádio Jornal e finalmente no Jornal Leopoldinense.

Recebi dele grandes lições de como utilizar o jornalismo para contribuir na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos sem precisar de ofender a quem quer que fosse. Mostrar o que está errado como forma de contribuir para melhorar a cidade em que vivemos e que amamos.

O texto de hoje aborda um problema trazido até nós por uma senhora com idade acima de 90 anos, cujo nome optamos por preservar no anonimato. Moradora em um prédio de apartamentos construído à margem do Córrego Feijão Crú, ela sofre diariamente com o mau cheiro exalado pela poluição proporcionada pelo esgoto sanitário despejado no ribeirão que corta a cidade e o município numa extensão de 18 quilômetros a partir da antiga Piscina do Alípio até a foz no Rio Pomba.

Há pelo menos 13 anos teve início um processo junto ao Governo Federal para liberar recursos financeiros para despoluir o córrego com a introdução de tratamento de esgoto sanitário. Infelizmente, ficou-se apenas na intenção e a poluição e o mau cheiro permanecem.

Um empresário instalado no trecho asfaltado recentemente da avenida Getúlio Vargas, chama a atenção para o odor fétido que sai de um bueiro localizado na região da Praça do V8, mais precisamente na entrada da rua Doutor Custódio Junqueira, por onde passa diariamente o prefeito Pedro Augusto no ir e vir de sua residência localizada num condomínio nas imediações. Segundo o empresário, se algum dia o projeto de saneamento sair do papel, será o fim do asfalto da Getúlio Vargas que terá que ser esburacada com as obras necessárias.

Seria desonesto de nossa parte não reconhecer que a cidade melhorou muito com a atual gestão. O que foi realizado no conjunto de praças no entorno da Catedral de São Sebastião, há dezenas de anos abandonado, é apenas um exemplo.

Sabemos que o prefeito Pedro Augusto gostaria de resolver o problema tendo por base o que disse em entrevista exclusiva ao Jornal Leopoldinense na pré-campanha eleitoral de 2020.  Estamos no terceiro ano de seu governo e ainda não temos notícias sobre o tema. Confiram abaixo:

JL - O que será feito para resolver o problema do esgoto que está poluindo nossos córregos?

Pedro Augusto – O esgoto em nossa cidade corre a céu aberto. É uma vergonha! Nossa cidade precisa ter esgoto tratado. Somos uma cidade de 50 mil habitantes que não tem tratamento de esgoto. Um dos grandes problemas brasileiros de saneamento básico e até mesmo de saúde pública é a falta de esgoto tratado. Isso é um crime e faz com que aumente o número de doenças.  Tratar o esgoto deve ser prioridade das gestões municipais.
 
 


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