04/06/2023 às 09h50min - Atualizada em 04/06/2023 às 09h50min

Reassentamento do marco de fundação da Rio Bahia ficou só na promessa

Em seu lugar original permanece instalado um painel publicitário e nossa história continua relegada a um plano inferior

Luiz Otávio Meneghite
Victor Guilherme e Sarom Durães com o marco reencontrado

Em várias oportunidades o Jornal Leopoldinense publicou matérias relacionadas ao descaso das autoridades competentes em manter alguns dos símbolos de nossa história preservados. Um deles é o marco de fundação da Rio Bahia que recentemente prometeram fazer sua instalação na avenida Getúlio Vargas.

A peça, feita de granito maciço, foi instalada em 24 de outubro de 1939 na rua José Peres, durante a visita do então Presidente da República Getúlio Vargas à cidade para inaugurar o trecho da rodovia. Infelizmente, ao longo dos anos, o marco foi removido de seu local original para dar lugar a um painel publicitário, e, posteriormente, foi encontrado jogado à margem do córrego que corta o bairro Três Cruzes de onde foi resgatado e deixado num espaço ocupado por instalações alugadas para o funcionamento de oficinas pelo Município na avenida Getúlio Vargas.


O Presidente da República Getúlio Vargas na inauguração do trecho da Rio-Bahia em 1939 ao lado a atual Escola Municipal Ribeiro Junqueira (Autor desconhecido - Jornal Leopoldinense)

A preocupação com a preservação do valor histórico da peça parece não ter sido considerada desde a época de sua remoção. O resgate e a restauração do marco de fundação da Rio-Bahia são uma forma de reconhecer a importância da rodovia para Leopoldina e reafirmar a sua relevância histórica e identidade cultural da cidade. Entendemos que sem a Rio Bahia Leopoldina seria um ponto fora do mapa.


Alunos do Ginásio na década de 1960 junto ao marco de granito antes de sua remoção
(Foto de Jarbinhas gentilmente cedida por Jadir Nogueira Rodrigues)

Houve um momento em que o saudoso e atuante vereador Sebastião Geraldo Valentim, popularmente conhecido como ‘Tião Três Cruzes’, solicitou a restauração do marco e sua recolocação no lugar de origem ou em um espaço dentro do Centro Cultural Mauro de Almeida Pereira, com uma identificação histórica apropriada.

A ideia, porém, não foi executada e hoje não se tem notícias de qualquer ação no sentido de preservar o marco histórico e seu assentamento no lugar original, que, segundo nosso julgamento, é importante para manter a memória e a identidade cultural da cidade.

Uma sugestão que nos ocorre agora é fazer um contato com a empresa EcoRodovias que assumiu após a privatização a concessão da rodovia no trecho compreendido entre Rio de Janeiro e Governador Valadares, passando por Leopoldina, onde terá uma praça de pedágio, e negociar com ela a reinstalação do marco histórico. Vai que dá certo!


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