19/06/2023 às 09h35min - Atualizada em 19/06/2023 às 09h35min

Matadouro de Leopoldina está sem funcionar desde o ano passado

Abates de bovinos estão sendo feitos em Cataguases o que encareceu o custo para os açougueiros gerando desemprego.

Luiz Otávio Meneghite
O matadouro de Leopoldina é administrado pela ACCL (Foto: Arquivo jornal Leopoldinense)
A situação do Matadouro Municipal de Leopoldina, que está sem funcionar desde o ano passado, tem causado dificuldades para os açougueiros da cidade. Os abates de bovinos estão sendo realizados em Cataguases, o que resultou em um aumento significativo nos custos para esses empresários, gerando desemprego.

No dia 13 de junho de 2023, o vereador Edvaldo Franquido Donato do Vale apresentou o Requerimento nº 47/2023 na Câmara Municipal de Leopoldina, questionando o Poder Executivo sobre seu posicionamento oficial em relação ao Matadouro Municipal que está parcialmente inoperante. O vereador alertou para o fato de que o pequeno proprietário rural é o maior fornecedor para os açougues de Leopoldina e os grandes produtores tem sua produção vendida para frigoríficos.

O requerimento foi assinado também pelos vereadores José do Carmo Fófano Vieira, Queijinho do Povo, Julius Cezar Pereira da Silva e Ivan Martins Nogueira. Eles também indagaram se o Poder Executivo já tomou alguma medida em favor da Associação dos Comerciantes de Carnes de Leopoldina para restabelecer plenamente o funcionamento do matadouro, instalado na Rua Sidnei Francino de São José, no bairro Jardim dos Bandeirantes, desde de 3 de setembro de 1997, quando foi inaugurado pelo então prefeito Antônio Márcio Cunha Freire com gestão concedida à ACCL.

Concessão do Matadouro à ACCL é válida até 25 de maio de 2035

O prefeito José Roberto de Oliveira sancionou a Lei nº 4.236, de 13 de maio de 2015, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Leopoldina, renovando a outorga da concessão para exploração do Matadouro Municipal à Associação dos Comerciantes de Carnes de Leopoldina – ACCL, pelo prazo de 20 anos a contar do dia 25 de maio de 2015, data em que foi publicada na edição nº 1.502, do Diário Oficial dos Municípios Mineiros.

A concessão abrange todas as obras, benfeitorias e bens existentes e as que venham a ser implantados pela concessionária, incluindo sua operação comercial e manutenção até 25 de maio de 2035. Expirado o prazo de concessão, reverterá ao Município a propriedade de todas as benfeitorias que forem realizadas ao longo do período da concessão, independentemente de qualquer notificação e sem qualquer ônus ao Poder Público Municipal.

A Associação dos Comerciantes de Carnes de Leopoldina – ACCL, concessionária que explora e administra o Matadouro de Municipal continuará a ser responsável pelo seu eficaz funcionamento, segundo as normas e critérios sanitários, ambientais e que os que foram expedidos pelo Poder Executivo Municipal no contrato de concessão.


Associação dos Comerciantes de Carnes de Leopoldina
 (Foto Divulgação ACCL)

Aumento de despesas dificulta a manutenção da entidade

Segundo o presidente da ACCL (Associação dos Comerciantes de Carnes de Leopoldina), José Guilherme Zaquine Rodrigues, em decorrência do aumento das despesas e de outras exigências feitas aos pequenos empresários, houve uma redução no número de açougues e a consequente diminuição de postos de trabalho no setor pois atualmente existem apenas 22 açougues em atividade na cidade, realizando uma média de 220 abates de bovinos por mês. Com os abates sendo realizados em Cataguases, o custo praticamente dobrou, o que levou ao fechamento de vários açougues e à diminuição do número de associados na ACCL.

José Guilherme informou que pediu o apoio do presidente da ACIL (Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Leopoldina), Jairo Seoldo, na busca por uma solução para o problema. Eles se reuniram com o prefeito Pedro Augusto Junqueira Ferraz, mas, até o momento não se tem conhecimento de alguma ação prática que tenha sido tomada.

Fontes: Câmara Municipal de Leopoldina, ACCL e Jornal Leopoldinense
 
 


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