30/12/2023 às 09h54min - Atualizada em 30/12/2023 às 09h54min

Morre Dona Roxinha, benzedeira mais conhecida de Leopoldina

Por Luciano Baía Meneghite/Adaptado de texto de Amaury da Silva Santos publicado no jornal Leopoldinense
Dona Roxinha (Arquivo jornal Leopoldinense)
Uma das figuras mais queridas pela população de Leopoldina faleceu neste sábado,30/12. Iracema dos Reis Santana, mais conhecida como Dona Roxinha, a benzedeira mais famosa da cidade.

Era uma sobrevivente em nossa cidade na prática de benzeção e principalmente pelo grau de sensibilidade que demonstrava com o sofrimento dos outros. Esta senhora tinha uma vertente de saberes diferenciados. Neta de africanos, foi criada pelos pais na roça onde muitas vezes passou por dificuldades. Herdou a prática da reza, de seus avós e aos 15 anos, após ter se casado e ter seu primeiro filho, começou o seu tributo de rezadeira e nunca mais parou.

Entre os males que D. Roxinha rezava estavam quebradura, ventre virado, mau olhado, espinhela caída e inveja.

Residia em uma casa muito simples, onde o fogão a lenha estava sempre aceso, à sombra de uma mangueira, no final da avenida dos Expedicionários, no bairro Bela Vista, quase em frente à Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado. O movimento de entre e sai na porta de sua casa era constante até 09:00 horas da noite, quando ela se recolhia para o descanso. Eram pessoas de todos os lugares e de todas as camadas da sociedade. Ela não cobrava nada por sua benzeção e sempre tinha uma palavra carinhosa e amiga para dar aos que a procuravam. Em seus conhecimentos populares, ela também conhecia muitas ervas para chazinhos caseiros como: alfavaca, hortelã, poejo, levente. 

Em 2014, por proposição do vereador Oldemar Montenari, aprovada por unanimidade, Dona Roxinha foi homenageada pela Câmara Municipal com a Medalha do Mérito Leopoldinense, em virtude dos relevantes serviços prestados à população de Leopoldina.

 
 
 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »