01/07/2015 às 10h35min - Atualizada em 01/07/2015 às 10h35min

Extorsão feita a fazendeiro de Piacatuba está sendo investigada pelo GAECO

A pedido da própria Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão preventiva dos 3 policiais.

Luiz Otávio Meneghite - Jornal Leopoldinense
A denúncia foi feita pelo fazendeiro de Leopoldina, Ormeu Barbosa. (Imagem TV ALTEROSA)

A denúncia de uma suposta propina cobrada por policiais civis de Cataguases a um fazendeiro de Piacatuba, distrito de Leopoldina, acaba de ganhar maiores proporções e o caso passou a ser investigado por dois promotores de Leopoldina e dois de Muriaé, que fazem parte do GAECO – Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público de Minas Gerais.

O fazendeiro alega que foi acusado de vender madeira ilegalmente e se livraria de uma multa caso desembolsasse 30 mil reais. Uma advogada de Cataguases identificada pelas iniciais L.S.D.,  que teria intermediado o pagamento foi presa em flagrante quando recebeu parte da propina.

Segundo a vítima, no dia 24 de junho, três homens com armas em punho, chegaram à sua propriedade em um veiculo descaracterizado, dizendo ser Policiais Civis acusando-o de extrair madeira ilegalmente, além de posse ilegal de arma após entrar em sua residência sem mandado de busca e encontrar munição. Segundo o produtor, mesmo falando que ele não estaria extraindo a madeira e que a arma que possui é devidamente registrada, os policiais pediram inicialmente, R$ 30 mil para desistirem da denúncia e posteriormente, conforme narrou, chegou a advogada, L.S.D., que negociou com os policiais e ofereceu um valor menor: R$ 8 mil.

Diante da pressão, a vítima acertou que sua nora iria entregar o valor em duas parcelas, sendo a primeira no outro dia, em frente a um colégio particular em Cataguases e acionou o Ministério Público, que solicitou a Polícia Militar que efetuasse campana no local a fim de flagrar o ato. No horário marcado, a advogada se encontrou com a nora da vítima quando recebeu o envelope com R$4 mil, sendo abordada pela Polícia Militar que a prendeu em flagrante.

Na delegacia, as vítimas reconheceram os policiais envolvidos, que prestaram depoimento e foram liberados. Posteriormente, a Justiça decretou a prisão preventiva dos 3 policiais, que foi cumprida pela própria corregedoria da Polícia Civil,  que veio de Belo Horizonte especialmente  para isso.Eles poderão responder pelo crime de concussão, que é a cobrança de propina sem a vontade da vítima. 

O que é o GAECO

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) passou a ter uma ferramenta para fortalecer o combate às atividades de organizações criminosas no estado com a criação na estrutura da instituição, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que permite uma atuação mais coordenada, uniformizada e planejada do MPMG no enfrentamento a essas organizações especializadas em praticar crimes.

O grupo conta com um núcleo central, em Belo Horizonte, composto de promotores de Justiça que atuam no combate ao crime organizado na capital e por até quatro outros membros designados pelo procurador-geral de Justiça, além de unidades regionais, integradas por, pelo menos, dois grupos de três promotores de Justiça. Essa estrutura presta apoio a membros de todo o estado, auxiliando na identificação, prevenção e repressão às atividades de organizações criminosas, especialmente nas fases de investigação e eventual oferecimento de denúncia. O Gaeco pode oficiar nas representações, inquéritos policiais, procedimentos investigatórios criminais, peças de informação e ações penais, em uma atuação integrada com o promotor de Justiça que já esteja atuando em determinado caso.

Fontes de informação: TV Alterosa e Ministério Público de Minas Gerais


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