“Chegar a um endereço em Leopoldina hoje está se tornando algo muito difícil... digo isso porque nossas ruas não têm sinalização alguma. Para nós que moramos na cidade, ainda nos baseamos em pontos de referência do tipo: “uma rua abaixo da casa do Fulano” ou “essa rua é a do comércio do Ciclano”. Agora, quem é de fora, como encontrar o endereço? Peço encarecidamente que esse post chegue ao conhecimento de nosso prefeito e seu secretário responsável por tal assunto. Se queremos progresso, primeiro temos que sinalizar nossa cidade. Placas com nomes das ruas em cada esquina é uma coisa básica”. Luiz Otávio Meneghite O texto entre aspas acima é um dos muitos que chegam por e-mail à redação com críticas, reclamações e sugestões dirigidas às autoridades municipais desde 2009, quando foi criado o site do Jornal Leopoldinense Online.
Há algum tempo reivindicamos neste jornal uma nova sinalização nas ruas, avenidas e praças da cidade, não só para orientar as pessoas à procura de determinado endereço, mas também para corrigir a deficiência na sinalização, nomenclatura e numeração de nossos logradouros públicos. Os carteiros, taxistas, entregadores, instaladores, motoboys, mototaxistas e cobradores sofrem na pele todos os dias a procura de endereços.
Qualquer pessoa que precise procurar determinada rua, número tal, vai ‘se lascar’. Em muitas ruas, as placas com o nome e numeração das casas estão escondidos ou não existem. Em diversas ruas os postes e as placas que identificavam as ruas foram arrancados por vandalismo ou acidente de trânsito e não foram repostas.
Existem ainda alguns absurdos em loteamentos onde o legislador quis fazer uma homenagem dando o nome de uma pessoa a uma rua e o dono do empreendimento simplesmente ignorou a lei, reservando a rua para homenagear um parente. Em outras situações, algumas ruas dobram em ângulo reto fazendo uma esquina com a mesma denominação: é o caso da rua Castro Alves, no Pirineus, que nasce na rua General Olimpio Mourão Filho, segue em direção à rua Rafael Iennaco e, repentinamente, dobra à direita, reencontrando com a Mourão Filho perto do Polivalente.
Existe o caso da rua Tiradentes, que é dividida pela Praça Gama Cerqueira(Praça do Urubu), e acaba confundindo as pessoas de fora que procuram um endereço ali. Na Praça Zequinha Reis (que as pessoas ainda chamam de Praça da Bandeira, seu nome original) existia uma situação semelhante em que o trecho que vai da avenida Getulio Vargas até a rua das Flores era todo denominado Marechal Deodoro. Hoje ficou uma parte só com esse nome e a outra passou a se chamar Gustavo Barbosa de Miranda. A mesma coisa ocorre com a rua Dr. Custódio Junqueira, que começa na Praça Felix Martins, é dividida pela praça Francisco Pinheiro Corrêa de Lacerda(também conhecida como Rodo do V-8) e segue até o Clube do Moinho. Ali ao lado existe uma situação semelhante com a rua José Peres, que também começa na Praça Felix Martins, atravessa a praça Francisco Pinheiro Corrêa de Lacerda e segue até o trevo da BR116 onde está o pórtico de estrada de Leopoldina.Tudo isso serve para complicar a vida de pessoas que procuram um endereço em Leopoldina e não conhecem bem a cidade.
As perguntas que o visitante faz
Quem nasceu e foi criado em Leopoldina tem dificuldades em encontrar ruas pelos nomes oficiais a não ser as mais famosas pelo seu comércio ou que tenham algo especial como referência como por exemplo, a “Praça do Ginásio”, a “Rua da Unipac”, a “Rua do INSS” ou a “Rua do Bradesco” só para citar alguns exemplos.
Recentemente, a Prefeitura de Leopoldina colocou algumas placas indicativas nas ruas mais centrais. Esse tipo de sinalização é boa, pena que só fizeram no centro. Nos bairros, a deficiência de placas indicativas é maior e muitas vezes até o morador não sabe seu próprio endereço.
Numeração dos prédios então é uma bagunça generalizada que vem de longos anos. Sabe-se que a numeração de uma rua é definida com sua medida na ponta da trena do princípio para o fim, ficando o lado direito com a numeração par e o lado esquerdo com a numeração ímpar. Vamos dar um exemplo: se a sua casa está a 100 metros do inicio da rua e o seu terreno tem 20 metros de frente, a sua casa terá o número 100 e a próxima casa terá o número 120 e assim sucessivamente.
Existem casos como o da avenida Castelo Branco, com a maioria dos prédios numerados obedecendo a sequência antiga, quando o logradouro tinha a denominação de avenida Getulio Vargas. O certo seria a numeração da Getulio Vargas terminar na esquina de Gustavo Barbosa de Miranda e a numeração da Castelo Branco iniciar na esquina oposta. Em outras situações existem números pares e impares de um mesmo lado da rua. A maioria das pessoas que está lendo agora este espaço já se deparou com uma situação dessas. Ou não?
O problema de visitantes perdidos pelas ruas de Leopoldina é muito comum. Diariamente tem alguém perguntando onde é que fica rua tal ou para que lado fica tal lugar? Acontece a todo momento com caminhões de entrega, que mesmo com nota fiscal em mãos têm dificuldades de localizar o destinatário de mercadorias, recorrendo na maioria das vezes a taxistas e frentistas que estão treinados a fazerem contorcionismo com as mãos:
“você vai por ali, vira à esquerda, depois dobra à direita e segue em frente que você vai dar de cara com o que procura”. É engraçado, mas é verdade. Também é muito comum se ouvir que é mais fácil um leopoldinense entrar no Rio de Janeiro do que um carioca entrar em Leopoldina. Infelizmente é a mais pura verdade.
Uma coisa é certa: uma cidade bem organizada também significa uma cidade com boa qualidade de vida e entre outros fatores a sua organização é um dado muito levado em conta na hora de uma família ou uma empresa decidir vir para cá. As autoridades prestariam um excelente serviço à comunidade se dessem um pouco mais de agilidade à instalação de sinalização na cidade. Estaremos aqui a postos para elogiar quando for feito. Por ora, submetemos à apreciação dos nossos leitores a enquete:
Você sabe de cór o seu endereço? (Clique para votar)