18/10/2016 às 08h44min - Atualizada em 18/10/2016 às 08h44min

Projeto paradesporto pode ser apresentado em Leopoldina

Voluntário dos Jogos Rio 2016 está se capacitando e pretende sensibilizar as autoridades e o setor privado para apoiar iniciativa

João Gabriel B. Meneghite
O professor de educação física Dimas Diego Domiciano de Souza, vice-presidente da SOL – Sociedade Olímpica Leopoldinense, esteve no Rio de Janeiro participando como voluntário das Olimpíadas e, mais recentemente, nos Jogos Paraolímpicos. De volta a Leopoldina, ele relatou sua experiência, demonstrando o sentimento em relação aos paradesportos e seu desejo de implantar projetos na cidade.

Formado em Educação Física e Pós-graduado em esporte e atividades físicas inclusivas para pessoas com Deficiência pela UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, Dimas Diego já tem projetos de inclusão para desenvolver em Leopoldina. Ele aproveitou o momento em que estava trabalhando no Parque dos Atletas, nos Jogos Rio 2016, para fazer contatos com desportistas e técnicos da Seleção Brasileira.


Na natação, falou com o atleta paraolímpico brasileiro, o recordista mundial Daniel Dias, e com Luiz Cândido, um dos técnicos da seleção brasileira de natação. No basquete, conheceu Kilber Alves, coordenador da seleção brasileira, que também desenvolve projetos deste gênero. “A receptividade foi muito boa. O Daniel Dias me colocou em contato com o seu pai e todos com os quais fiz contatos se disponibilizaram em nos ajudar a desenvolver ideias”, comentou.

O professor leopoldinense se inscreveu no curso de formação de técnicos paraolímpicos, organizado pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro. O curso será realizado em diversas etapas, distribuídos em módulos, em Brasília, São Paulo e Curitiba, em datas a serem confirmadas.

Dimas Diego comentou ainda que se identificou com as Paraolimpíadas devido ao fato de ser uma pessoa com deficiência. Ele tem hemiparesia, uma paralisia branda em uma das metades do corpo e, aos 31 anos, relata que a idade é uma limitação para os pretensos atletas paraolímpicos, demonstrando a abrangência que o projeto pode ter.

Uma reunião poderá ser agendada para demonstrar a demanda e a estruturação do projeto, com objetivo de sensibilizar as autoridades e o setor empresarial, que pode contribuir com este programa de incentivo ao esporte e de inclusão social, através de leis específicas com as quais as empresas são isentas de tributações.

O professor concluiu que o esporte é um mecanismo de transformação, superação e libertação e que o legado Olímpico tem como princípios o Amor, Amizade e União. “Após esta experiência, tive o privilégio de novamente vivenciar o legado Paraolímpico o qual atingiu meu coração em cheio, com seus princípios de determinação, inspiração, igualdade e coragem. Momentos mágicos, enriquecedores, aonde o mundo parou e olhou para nossa Pátria, Brasil e se emocionou, nos fazendo sentir que ainda há esperança e valores no Mundo”, comentou.
 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »