07/05/2020 às 10h54min - Atualizada em 07/05/2020 às 10h54min
Poesias em gel e máscaras
Waldemar Pedro Antonio ( Turquinho )
Diante de um contexto de saúde complicado no mundo,
Os poetas , com suas criações, ficaram temporariamente
Com as almas poéticas inibidas em suas manifestações
Por um isolamento onde as suas criatividades se ausentaram !
O quadro mórbido e medonho estampado na face humana
Aguça , a cada canto triste e horrendo despregado no ar ,
Uma estatística muito desiludida na solução da pandemia ,
Restando, ao poeta , amenizar, por metáforas, a dor humana !
Obedecendo às ordens : “ ficar em casa” , “lavar as mãos com sabão “,
Estendem-se, também, “ enjaular a alma do poeta “, “ bloquear a inspiração” ,
Pois os poemas não devem circular, a bem da integridade literária construída
Nas leituras e edificadas pelo interesse daqueles amantes das boas POESIAS !
As palavras míticas , untadas em gel e transfiguradas com máscaras ,
Desfilam, temporariamente, por folhas de papel A4 desinfetadas
Apresentando uma opereta em suas acanhadas e vazias mensagens,
Dificultando os POETAS exteriorizarem as puras esperanças em seus corações !
Diante do cenário catastrófico que se impõe a todos seres humanos ,
O verso , a estrofe, a métrica, a rima, o ritmo e a mensagem se acanham
Em um momento de inspiração, bloqueando os leques criativos dos POETAS
Compromissados na transmissão do BELO e dos recursos próprios da POESIA !
Não assumiremos as derrotas físicas nem imagísticas pela invisibilidade do inimigo
Mas devemos construir com o AMOR e a ESPERANÇA uma barreira sólida ,
Amparada pela FÉ em nosso DEUS , na efemeridade dessa triste aquarela ,
Retomando a função típica da alma e do coração nas construções dos POETAS !!