A eleição no Legislativo esse ano foi muito disputada. Conforme citei em textos anteriores, disputaram a eleição 324 candidatos, sendo de 17 partidos.
Dos atuais 15 vereadores, 11 disputaram a reeleição. Sendo que apenas 4 foram reeleitos: Valdilúcio Malaquias - Didi da Elétrica, Ivan Martins Nogueira, Jose Augusto Cabral e Rogério Campos Machado - Suíno. Com destaque para Ivan Nogueira, que vai para o seu quarto mandato consecutivo (2008, 2012, 2016,2020).
Comparando com a legislatura anterior, podemos dizer que tivemos 74% de renovação. Porém, é bom lembrar que 2 ex-vereadores retornaram: Edvaldo Franquido Donato do Vale e Rodrigo Junqueira Reis Pimentel. Com destaque para Edvaldo, que vai para o seu quinto mandato (1996, 2004, 2008, 2012, 2020), igualando a marca de Brenio Coli e Alfredinho. Perdendo apenas para Totonho Pimentel, 7 vezes vereador. Nessa eleição Totonho se tornou vice-prefeito.
Com os 4 vereadores reeleitos + os 2 ex-vereadores que retornaram, são 6 pessoas que já tiveram na Câmara. Com isso, podemos dizer que a renovação esse ano foi de 60%.
Acontece que 3 dos novos vereadores têm parentescos de primeiro grau com ex-vereadores. É o caso de Bernardo Junqueira Renó Guedes, filho do ex-vereador, ex-deputado e ex-prefeito Bené Guedes; Gilmar Pimentel, sobrinho do atual vereador e futuro vice-prefeito Totonho Pimentel; e Jose do Carmo Fofano Vieira – Piacatuba - irmão do atual vereador Jurandy Fofano – Didi de Piacatuba.
Logo, dos 15 vereadores eleitos, 9 deles têm “experiência” na Câmara. Com isso, considero apenas 6 novos nomes: Carlos Alexandre Badaró, Carlos Henrique Motta André , Elileia Santos das Graças Correa (Elileia da Avac) , Maria Inês Xavier de Oliveira- Inezinha, Marcus Vinicius Pereira Costa Lima - Queijinho do Povo - e Julius Cezar Pereira da Silva. O que representa uma renovação de apenas 40%.
Chamo atenção para a vitória de Elileia e Inezinha. Teremos novamente duas mulheres numa mesma legislatura. A última vez que isso aconteceu foi em 2000, quando foram eleitas: Elizabeth de Almeida Silva e Vanilde Casadio do Bem.
Com a vitória delas, 8 mulheres foram eleitas desde a redemocratização (1985). Sendo que de lá pra cá tivemos 110 vereadores eleitos. Ou seja, 102 homens (92,8%) e apenas 8 mulheres (7,2%).
Falando em Inezinha, foi eleita com 201 votos. Superando Iolanda Cangussu, que até então era a vereadora que entrou com menos votos. Em 1992, Iolanda obteve 266 votos.
Resta saber como ficará a questão da suplência envolvendo Inezinha e Ivan Nogueira. Tendo em vista que nessa eleição foi criada uma cláusula de barreira onde somente pode ser eleito vereador o candidato que atingir 10% do quociente eleitoral, sendo 194 votos. O suplente de Inezinha é o Anoir do Bar, que teve 162 votos, e de Ivan é Sterphison Duarte, que teve 180 votos. Caso seja aplicada a regra da exigência dos 10% também na suplência, a vaga deles passariam para outro partido. Claro que se isso acontecer o caso tende a parar na justiça, onde PP e PL vão defender a tese de que o mandato é do partido, com isso deve ser eleito o segundo mais votado. Outros partidos que podem ser beneficiados com a ausência deles, é o caso do PSC, primeiro na lista da sobra, que tem como suplente Pastora Regina, deve defender a cláusula de barreira.
Deixando de lado a questão do menos votados, o mais votado nessa eleição foi José Augusto Cabral, com 762 votos. 362 votos a mais que em 2016, quando foi eleito com 400 votos. Sua votação subiu cerca de 48%. O mais votado esse ano ficou longe da marca histórica de Helvécio, que em 2016 conseguiu 1.206 votos, a maior votação até hoje. Falando em Helvécio, nessa eleição teve 372 votos, 834 votos a menos. Sua votação caiu 70%.
Saindo das pessoas, faço agora análises dos partidos. Com a conquista de uma vaga na Câmara pelo PSC, o partido se iguala ao PMDB, que esse ano ficou de fora, tendo ao todo 15 vereadores eleitos desde 1992. PSC e PMDB lideram, seguido do PT, com 11 vereadores.
O destaque dessa eleição foi o PSL, que fez 3 vereadores numa mesma legislatura. Igualando o feito do PFL (1992 - 1996), PSC( 2000) e PT (2000). O recordista continua sendo o PMDB, que nas eleições de 1992 e 1996, elegeu 4 vereadores.
A surpresa esse ano foi o PODEMOS, que fez sua estréia na política de Leopoldina, elegendo 2 vereadores.
7 partidos ficaram de fora nessa eleição: AVANTE, DEM, PCDOB, PSDB, PTB, REDE e REPUBLICANOS. Como falei anteriormente, 10 partidos fizeram vereador: PSL (3), PSD (2), PSB (2), PODEMOS (2), PP (1), PT (1), PV (1), PL (1), PDT (1), PSC (1). Foi assim a eleição no Legislativo!