28/05/2021 às 08h51min - Atualizada em 28/05/2021 às 08h51min

VOTO IMPRESSO – Brasil – 2021

Nova polêmica surge no âmbito da justiça eleitoral; a “bola da vez” é o voto impresso; ideia “vendida” pelo presidente da República; alega ele dispor de provas que a eleição de 2018 foi fraudada pois, não tivesse ocorrido fraude, ele estaria eleito no primeiro turno, porém e segundo analistas políticos jamais tais provas serão apresentadas, por inexistentes.

O Brasil se lembra da alardeada denúncia de fraude eleitoral formalizada pelo PSDB - através do candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014, Aécio Neves - fato que desaguou no processo de impeachment da Presidenta Dilma; processo urdido por Temer, Cunha, Aécio & cia.; aberto processo de auditoria eleitoral proposto por Aécio, além da amarga derrota, nada provado quanto possível fraude eleitoral; ratificando a lisura do processo e o resultado do pleito de 2014.

Aécio perdeu... mas não desistiu, pois acendeu a “fogueira” do impeachment, iniciando o tormentoso caos político-econômico-financeiro-social-trabalhista-diplomático, culminando pela pandemia, que vivenciamos desde o ano 2016, até hoje... até quando?

Quem pesquisa sobre as eleições no Brasil desde que elas foram implantadas, nota que naqueles primórdios, para votar, “votante” tinha que ter uma determinada renda financeira anual e “eleitor” dispor de renda anual maio que a do “votante” (A Voz da Serra – Acervo)

Já as mulheres, para obtenção do direito de voto, tiveram que travar muitas lutas “até o voto”.

Houve tempo em que os impressos com os nomes dos candidatos a cada cargo em disputa eram colocados num envelope “pré-preparado” e este, levado e depositado na urna: era o “voto marmita”... já vinha pronto de casa.

Depois vieram as cédulas impressas com os campos para aposição dos nomes dos candidatos a cada cargo; estas rubricadas pelos componentes da Mesa de Votação e inseridas nas urnas.

Identificação datiloscópica – dedão - de cada eleitor mais urna eletrônica eliminam, por exemplo a possibilidade fraude por duplicidade, além do fato de que as urnas, quando nas seções eleitorais, não estão online e somente são “abertas” no âmbito da Justiça Eleitoral.

Eu, criança, lembro-me de causo sobre os “votos marmita” que ocorriam na Leopoldina de então, principalmente na zona rural, comandada pelos “coronéis” fazendeiros-políticos:

- Aproximavam-se as eleições; os fazendeiros lançavam e registravam os nomes dos “seus” candidatos; imprimiam as “cédulas” individuais; preparavam as “marmitas”; recolhiam os títulos eleitorais dos seus empregados; aguardavam o dia da votação; [fazendeiros] compareciam às respectivas zonas eleitorais de cada um dos empregados; apresentavam seus títulos; inseriam as “marmitas” nas urnas; e... os empregados “votavam”.

Contava-se que, certa feita e após a eleição, o fazendeiro volta para a fazenda e um empregado, mais curioso que os demais, indaga:

- Patrão, em quais candidatos eu votei?

- Não posso dizer, pois você não sabe que o VOTO É SECRETO?!
 
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