26/12/2014 às 15h05min - Atualizada em 26/12/2014 às 15h05min

O Gatilho da Motivação é o Desafio!

“Motivar é extrair o que está dentro. E se está dentro é preciso ir lá buscar. Desafios extraordinários produzem pessoas extraordinárias”. * Gilclér Regina

Numa pesquisa feita com mais de 500 representantes do alto escalão das maiores empresas em atividade no país, empresários e executivos admitem que suas equipes estejam desmotivadas.

85% dos principais dirigentes de grandes empresas admitem que a falta de motivação seja o grande entrave para se atingir objetivos.

Aceitar pessoas acomodadas, que não estão atuando com a motivação necessária, prejudica a saúde da empresa no longo prazo.  E sabemos que a pior doença é aquela que é crônica, que não afeta o curto prazo, mas corrói aos poucos a competitividade do negócio.

A motivação tem que estar tinindo para enfrentar problemas de ordem externa, sabedores de todos como uma carga tributária asfixiante, falta de infraestrutura e um ambiente externo bastante complicado seja de mercado, política econômica, juros e até de situações adversas que alguns teimam em chamam de crise.

Quais são os antídotos que podem ser usados contra a falta de energia e engajamento dos funcionários? Como resposta imagino a transparência da liderança, a definição clara de objetivos e mesmo a menor complacência quando resultados não são atingidos.

O remédio é envolver (comprometer) mais os funcionários com os valores e com a missão da empresa. Embora a gestão de pessoas faça parte do discurso de boa parte dos dirigentes ela parece estar distante da prática.

O principal gatilho da motivação é mesmo o desafio. Muitas vezes as metas são pouco ousadas, e as coisas não funcionam.

Quando as pessoas são tratadas como parceiras trabalhando juntas com outras — mesmo se fisicamente distantes —, a motivação delas aumenta, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade Stanford.

Quem tem trabalhado o foco nas organizações tem se dado melhor. Foco combina com metas. Mas é preciso entender que O foco está no presente e a meta está no futuro.

E hoje ainda vivemos o conflito das gerações. As empresas trabalharam com pessoas da geração baby Boomers, passaram pela geração X, ou seja, os jovens da década perdida de 70/80. Falamos assim pela estagnação econômica que o país passou. Enfim estamos com os jovens da geração Y, os jovens digitais.

E agora Os jovens da geração Z, com idade entre 16 e 20 anos, já estão começando a entrar no mercado de trabalho – e isso vai exigir que empresas façam mais do que repetir comportamentos e práticas adotados na gestão da geração Y para atrair e reter esses novos profissionais.

Ainda que a grande maioria dos profissionais de ambas as gerações considere que a tecnologia os ajuda a atingir seus objetivos, ela também se mostra uma importante distração no trabalho, ainda que de formas diferentes.

Jovens da geração Y consideram o e-mail o principal vilão do foco (31%), seguido do Facebook (28%) e de programas de troca de mensagens instantâneas (25%). Já 37% dos mais novos consideram as mensagens instantâneas a maior distração, seguido do Facebook (33%) e só então do e-mail, escolhido por apenas 13%.

Já algumas coisas não apresentam tanta diferença.  Segundo um estudo sobre o tema, principalmente no que se refere a forma de gerir esses profissionais, a honestidade é a qualidade mais importante para um bom líder na opinião de mais da metade de ambas as gerações, e exibir uma visão sólida do trabalho a ser feito e ter boas habilidades de comunicação são os próximos aspectos mais importantes para os jovens de todas as idades. 

O grande desafio dos líderes é esse, integrar estas equipes, motivar, impactar e provocar desafios. Você pode não pegar na massa, mas tem que entender da massa para liderar. Existem pessoas que não sabem e não perguntam... Outras sabem e não ensinam. E ainda há piores, aquelas que ensinam e não fazem. Ninguém tem direito de ensinar aquilo que não sabe fazer.

Muitas empresas estão focadas em reduzir custos e em aumentar a produtividade.
Existe um esforço nesse sentido, que passa por envolver a equipe de trabalho para que eles se sintam mais comprometidos. Mas, neste caso torna-se necessário dividir responsabilidades, mas também oferecer uma remuneração condizente.

Fundamental aí o papel da liderança, que deve trabalhar todo o contexto das gerações. Saber aceitar diferenças individuais e trabalhar o potencial de cada um em prol da equipe e dos resultados.

O fato de todos estarem atuando para apagar incêndios faz com que o sentido das ações no longo prazo (planejamento) se perca, o que acaba desmotivando as equipes.

Uma conjuntura de mercado recessivo não é necessariamente ruim para os gestores, pois pode ser usado para "arrumar a casa", pois quando as empresas estavam registrando forte crescimento não havia tempo para exercer uma gestão de mais qualidade. 

Muita gente foi contratada para acelerar a produção e outros foram promovidos por necessidade, mesmo sem estarem devidamente preparados para isso. 

É possível que hoje seja um bom momento para identificar quem forma seu quadro, quem são seus talentos e reter os melhores.

Talvez seja mais difícil encontrar neste cenário a verdadeira ideia de sucesso. Mas certamente uma ideia de fracasso é manter todos quando nem todos são bons. Ou seja, é preciso separar o joio do trigo. É preciso ter coragem para admitir erros e mesmo demitir pessoas.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

 

* Gilclér Regina, palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs motivacionais que já venderam mais de seis milhões de exemplares. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, SEBRAE, Caixa, Banco do Brasil compram suas palestras. Mais de 3000 palestras realizadas no país e exterior.

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