08/03/2016 às 00h00min - Atualizada em 08/03/2016 às 00h00min

O PAÍS DA RENDA FIXA!

Não é de hoje que o Brasil é conhecido como o país da renda fixa! Com a taxa de juros a 14,25% ao ano, o Brasil só fica atrás de países como Venezuela, Irã, Moldávia, Cazaquistão, Uganda e alguns outros.
Como você deve ter percebido, nenhum país minimamente desenvolvido ou sério tem taxa de juros maior que a nossa. Ou seja, temos um potencial econômico de primeiro mundo, mas uma taxa de juros de terceiro mundo.

Essa anomalia faz com que muitos investidores estrangeiros escolham nosso país para aportar seus recursos. Mesmo com elevada inflação, desemprego em alta, economia em recessão, crise política interminável e com a velha insegurança jurídica que insiste em atormentar os estrangeiros que por aqui aportam seus recursos, em se tratando de investimento “livre de risco” continuamos sendo um oásis no meio do deserto.

Apesar do prejuízo que uma SELIC elevada trás à economia do país e às contas públicas, para a população que tem dinheiro guardado e não sabe aonde investir, essa pode ser uma excelente oportunidade de obter boa rentabilidade sem correr muitos riscos.

Com a taxa de juros elevada, os ativos de renda fixa tendem a ter sua rentabilidade aumentada por acompanharem esse movimento de mercado. Resultado? Títulos do Tesouro, LCIs, LCAs, CDBs e outros produtos estão remunerando muito bem os investidores.

Se o seu dinheiro está parado na poupança ou se você pretende iniciar em breve no mundo dos investimentos, considere alocar uma fatia do seu capital em ativos de renda fixa. Assim, você conseguirá obter uma rentabilidade superior estando submetido ao mesmo nível de risco.

No entanto, é preciso ter atenção para alguns detalhes importantes. Nas aplicações em que incidem imposto de renda, como Títulos do Tesouro e CDBs, o ideal é que seu capital fique investido por, mais de dois anos, pois assim você pagará a menor alíquota de imposto – 15% sobre o ganho de capital.

Em se tratando de renda fixa, bancos e financeiras de menor porte tendem a remunerar melhor o capital investido do que as grandes instituições. Dependendo do produto e da instituição, essa diferença pode representar um ganho substancial ao longo de alguns anos. Portanto, antes de investir no primeiro produto que seu gerente te indicar, compare com produtos de outras instituições de menor porte para ver qual a melhor opção para seu bolso.

Nunca é demais lembrar que o Banco Central possui um instrumento denominado FGC – Fundo Garantidor de Crédito. Esse instrumento assegura que, caso a instituição financeira tenha problemas que a impeça de honrar seus compromissos, o Banco central irá ressarcir cada CPF até o limite de R$250 mil.

Fique atento aos detalhes citados e você estará muito próximo de investir seu dinheiro de maneira correta, segura e ainda por cima, obter um belo retorno financeiro.
Antes que você diga que não tem dinheiro para investir, lembro-te que, atualmente, com menos de R$50 é possível investir em alguns produtos de renda fixa.

E agora, qual a sua desculpa?

Samuel Magalhães é Consultor Financeiro, Palestrante, fundador do Portal www.invistafacil.com e do instagram @oinvestidor.
Link
Tags »
Leia Também »
Comentários »