Marco Antônio, Clenilson e Antônio realizam o que deveria ser obrigação do Estado (Foto: Luciano Baía Meneghite)
Cansados de esperar por uma solução para o abandono do antigo campo da Escola Estadual Sebastião Silva Coutinho “Polivalente”, Clenilson Landes de Almeida, seu pai Antônio e o enteado Marco Antônio, vizinhos da área de lazer no bairro Pirineus, resolveram eles mesmos pegar em enxadas e realizar uma limpeza no local. Já capinaram uma grande área no entorno do campo, mas através do jornal Leopoldinense, eles pedem ajuda para conclusão do serviço.
“Já achamos até cobra. É perigoso, as crianças ficam brincando por aqui. A gente tá fazendo a limpeza aos poucos, mas uma roçadeira já adiantaria bem o serviço. “ Disse Clenilson.
A grama está muito maltratada, o ideal seria o replantio, mas a limpeza já vem dando outro visual. Sabemos que o momento não possibilita a realização de jogos e exatamente por não estar sendo utilizado, o campo poderia ser reformado.
O campo que já foi muito utilizado pela população hoje está em estado deplorável. (Fotos: Luciano Baía Meneghite em 04/08/2013 e em 28/05/2021)
Não é a primeira vez que o jornal Leopoldinense aborda o assunto. Abaixo matéria publicada em 21 de janeiro de 2013.
Área destinada à construção do conservatório vira “terra de ninguém”.
Por Luciano Baía Meneghite
A Escola Estadual Sebastião Silva Coutinho, o “Polivalente” no Alto dos Pirineus, sempre foi elogiada por sua estrutura, arquitetura e paisagismo de sua grande área verde, a maior entre todas as escolas de Leopoldina. Porém, além de nunca ter se utilizado totalmente os equipamentos disponíveis, como laboratórios, oficinas, quadras e pista de atletismo, nos últimos anos, a escola adquiriu outro problema que poderia facilmente ser resolvido. Há alguns anos foi construído um novo muro separando uma grande área que circunda a escola, incluindo o atual campo de futebol, destinado a construção da nova sede do Conservatório de Música Lia Salgado. Acontece que com a não construção da obra pelo Estado, a área entre o antigo muro e o novo, ficou isolada e completamente abandonada. O que já foi uma bonita área verde, com pomar, horta e uma bela vista da cidade hoje se transformou num matagal e ponto de uso e venda de drogas.
Esta é a terceira vez que o jornal Leopoldinense aborda o assunto, sem que ninguém tome providências. A diretora do Polivalente, Benedita do Rosário, a “Zazáia”, diz ter questionado recentemente uma funcionária da Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina sobre a questão e se surpreendeu com a resposta de que a área não foi desmembrada e continua pertencendo à escola.
Se a área continua pertencendo à escola, não teria sido mais eficaz limpar a área, iluminá-la melhor e manter um vigia? Havia necessidade de se construir o enorme muro de mais de 300 mil reais, que ao invés de melhorar a segurança, criou um esconderijo para maus elementos? Pelo visto, muita gente gosta de muro. Principalmente de ficar em cima dele.
O que já foi uma linda área de lazer, hoje se resume a um matagal. (Foto: Luciano Baía Meneghite - 28/05/2021)