14/07/2021 às 14h53min - Atualizada em 14/07/2021 às 14h53min

Conservatório Estadual de Música Lia Salgado

O Conservatório Estadual de Música "Lia Salgado" tem sido desde a sua instalação em 1956, ponto de referência e legítimo representante da arte, cultura e, em especial, da música no município e região.

A escola foi criada pela Lei nº 1.123, de 03 de novembro de 1954 sendo instalada e passando a funcionar em 23 de janeiro de 1956, no segundo andar do prédio do antigo Gymnásio Leopoldinense.

Desde a sua criação o Conservatório tem revelado inúmeros talentos, despertado o gosto pela arte musical e a sensibilidade de várias pessoas que iniciaram sua formação nesta escola, seguiram seus estudos na área, graduaram-se, licenciaram–se e hoje estão novamente no Lia Salgado, colocando em prática seu aprendizado e ensinando música às novas gerações.

Cursos Oferecidos

Curso de Educação Musical - Violão, Piano, Violino. Flauta Doce, Flauta Transversa e Canto. Curso de Educação Profissional - Violão, Piano, Flauta Doce, violoncelo, guitarra, contrabaixo, saxofone, bateria e teclado. O endereço do Conservatório Estadual de Música Lia Salgado é Praça Professor Botelho Reis 102 Centro -Leopoldina – MG

QUEM FOI LIA SALGADO

Lia Portocarrero de Albuquerque Salgado
1914 Rio de Janeiro, RJ
14/11/1980 Belo Horizonte/MG

Cantora lírica. Mudou-se ainda criança para Belo Horizonte. Estudou canto no Conservatório Musical de Belo Horizonte, sob orientação de Nahyr Jeolás. Foi casada com o médico Clóvis Salgado, que foi vice-governador, governador e ministro da Educação e Cultura ao longo da carreira de Juscelino Kubitschek como governador de Minas Gerais e, sobretudo, presidente da República.

CARREIRA ARTÍSTICA

Sua atuação como cantora lírica iniciou-se em 1947, durante as comemorações do Cinquentenário da cidade de Belo Horizonte, interpretando a "Cavalleria Rusticana".

Em 1949, apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando a ópera "La Bohème. Participou a partir de então de todas as temporadas de óperas do Teatro Municipal até 1972.

Foi solista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e da Sinfônica de Belo Horizonte.

Em 1955, estreou em discos, pela gravadora Continental interpretando, segundo os dados do disco, a chula marajoara "Rolinha", de Waldemar Henrique, e o brinde cantado "Peixe Vivo", tema tradicional com arranjos de Angélica Rezende. No mesmo ano, gravou a canção "Rio Enamorado", de Arthur Raggazzi e Pedro de Castro, e o tema tradicional "Meu Amor Tão Bom", com adaptação do maestro Hekel Tavares.

Em 1956, foi para a gravadora RCA Victor e registrou a canção "Azulão", de Jaime Ovalle e Manuel Bandeira, com acompanhamento de Fafá Lemos e seu conjunto, e o baião "Peixe Vivo", tema tradicional do folclore mineiro, com acompanhamento de Fafá Lemos, seu conjunto e coro.

Em 1959, transferiu-se para a gravadora Sinter e lançou o LP "Interpretando autores brasileiros" cantando as composições "Evocação", de Villa-Lobos e Silvio Salema, "Vida Formosa", de Villa-Lobos, "Toada Pra Você", de Oscar Lourenço Fernandez e Mário Andrade, "Meu Coração", de Oscar Lorenzo Fernández e J. B. Mello Souza, "Cantigas de Ninar", de Alceo Bocchino e Glauco Sá Brito, "O Doce Nome de Você", de Francisco Mignone e João Guilherme, "Cadê Minha Pomba Rola", de Camargo Guarnieri, "Viola Quebrada", de Mário de Andrade e Camargo Guarnieri, "Eu Gosto de Você", de Camargo Guarnieri e Suzana de Campos, "Prelúdio Nº 2", de Camargo Guarnieri e Celso Brant, "Meus Pecados", de Camargo Guarnieri e Guilherme de Almeida, "Porque", de Camargo Guarnieri, "Não Fales Por Favor", de Camargo Guarnieri e Suzana de Campos, "Quebra o Coco Menina", de Camargo Guarnieri e Juvenal Galeno, "Aceitei Tua Amizade", de Camargo Guarnieri e Suzana de Campos, e "Porque Estás Sempre Comigo", de Camargo Guarnieri e Silvio de Oliveira.

Em 1963, gravou pela Chantecler o LP "Lia Salgado e a canção brasileira" com acompanhamento de piano de Camargo Guarnieri e Alceu Bochino nas faixas "Azulão", de Jaime Ovalle e Manuel Bandeira, "Longe Bem Longe", de Francisco Mignone, "Foi Numa Noite Calmosa", de Luciano Gallet, "Vadeia Caboclinho", de José Siqueira, "Canção das Mães Pretas", de Francisco Mignone e Narbal Fontes, "Teus Olhos Verdes", de Camargo Guarnieri, "Tayeras", de Luciano Gallet, "É a Ti Flor do Céu", e "Quando Uma Flor Desabrocha", de Francisco Mignone, e "Aribú", "Amo-te Muito" e "Segue-me", de Camargo Guarnieri.

Apresentou-se na Itália, França, Espanha, Portugal, Inglaterra, Argentina e Estados Unidos. Gravou cerca de dez disco de músicas brasileiras entre os quais se inclui o primeiro registro da "Missa em Fá", de Lobo de Mesquita.

Fontes: Jornal Leopoldinense / Dicionário Cravo Albin / Conservatório Lia Salgado


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