Dois reservatórios de água da COPASA-Companhia de Saneamento de Minas Gerais, localizados na região do Pirineus, estão com aspectos tão horríveis que nos leva a imaginar o estado de seu conteúdo.
Um deles está localizado ao lado da Unidade Básica de Saúde da Família na praça Carlos Luz Meneghite, de frente para a rua Moacir Cunha. O outro está instalado na rua Carmita Monteiro, no acesso à UNIPAC. Em ambos a imagem de abandono está visível.
A pergunta que ocorre é: se estão assim do lado de fora como estará a água que chega às residências que abastecem? Não acho que se possa culpar os funcionários, pois estes recebem ordens de cima. Se as ordens para fazer a manutenção não chegam, o que fazer?
Uma coisa é certa: as faturas chegam todos os meses, pontualmente, e se não são pagas o risco de suspender o abastecimento é certo e a ordem para fazer isso é rápida, quase automática.
Só para lembrar: a COPASA é uma empresa de economia mista. Ou seja, seus donos são acionistas. O maior deles é o governo mineiro, o qual detém 50,04% das ações. Portanto, é o acionista controlador da empresa. Com a palavra a COPASA e as autoridades governamentais.
A manifestação da COPASA após a publicação
Imediatamente após a publicação a Assessoria de Imprensa da Copasa enviou nota ao Jornal Leopoldinense nos seguintes termos: “A Copasa faz questão de reforçar que continua trabalhando e investindo na constante melhoria de sua prestação de serviços em Leopoldina e que, ao contrário do que vem sendo questionado, o fornecimento de água ao município é realizado dentro dos padrões de qualidade exigidos.
A empresa também se mantém atenta ao estado de conservação de suas unidades e informa que realiza, periodicamente, serviços de manutenção, pintura e limpeza, a fim de preservar e manter as mesmas em condições satisfatórias para o perfeito atendimento aos munícipes.
Vale destacar que, como os reservatórios ficam expostos ao tempo, é natural que no intervalo entre as manutenções, a parte externa dos tanques fique sujeita às ações do clima, contudo sem nenhum comprometimento da qualidade de água armazenada em seu interior. Especificamente sobre os reservatórios localizados na região do Pirineus, os serviços de pintura e limpeza foram realizados há cerca de um ano e estão programados para serem novamente executados nos próximos 90 dias.
A Copasa reforça ainda que, além da preservação de suas unidades, também adota todos os cuidados necessários no processo de tratamento de água, que vai desde a captação até a distribuição para a população. Para isso, a companhia conta com uma rede laboratorial moderna - que inclui os laboratórios locais; o Laboratório Regional, situado em Leopoldina; e o Laboratório Central, localizado em Belo Horizonte - que monitora, sob um rigoroso controle de qualidade, a água que é distribuída para a população. As análises são realizadas antes, durante e depois do processo de tratamento, sempre respeitando as determinações do Ministério da Saúde”.
NOTA DA REDAÇÃO
Se a última pintura foi realmente feita há um ano como afirma a nota da Copasa, as fotos comprovam que o serviço foi de má qualidade.
Caixa d'água na rua Carmita Monteiro, próximo à Unipac (Foto Luciano Baía Meneghite)
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