22/08/2022 às 22h31min - Atualizada em 22/08/2022 às 22h31min

LEOPOLDINENSE: aniversário heroico

Os jornalistas Luiz Otávio Meneghite e Alair Ribeiro (Arquivo Leopoldinense)
Alair Ribeiro, jornalista

Duas questões envolvem os 19 anos de jornal impresso LEOPOLDINENSE comemorados nesse 23 de agosto. A primeira é a sobrevivência de micros e pequenas empresas.

Os dados são do IBGE, que mapeia todo o país fornecendo dados e estatísticas para que governos sérios e competentes programem suas atitudes para o crescimento e enriquecimento do País. São estatísticas importantes que mereceram e merecem estudos e teses de acadêmicos que se debruçam sobre o problema.

Segundo o IBGE 80% das empresas brasileiras não sobrevivia até completar uma década de atividades mesmo antes da pandemia. Em 2010, com um ano de idade, 77,5% das empresas sobreviviam: 22,5% delas morriam com apenas um ano de idade. Ou seja, em cada 1.000 empresas 225 morriam prematuramente.

E o jornal LEOPOLDINENSE, em papel, fundado em 2003, sobrevive até hoje enfrentando um agravante: o jornalismo impresso está em franca decadência, esmagado pelo jornal digital. Mas o LEOPOLDINENSE persiste. Essa é precisamente a segunda questão anunciada no início desse artigo!

A circulação ou tiragem de jornais impressos é monitorada pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) que constatou o encolhimento, em 2021, de 12,8% na quantidade de venda de jornais em papel, comparado a 2020.
E não poupou nem os grandes: Folha de São Paulo, O Globo, Estado de Minas, Valor Econômico, todos diminuíram sua tiragem em papel. E essa derrocada do jornal impresso continua. Em 2021 baixou de quase 3 milhões para 2,6 milhões a venda de exemplares impressos.

É importante observar alguns obstáculos à continuidade do jornalismo impresso. Talvez o mais grave desses entraves sejam as árvores: o papel exige sua morte para existir e isso num momento crítico de destruição da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, ambas essenciais à nossa existência. Outro entrave é que as novas gerações estão nascendo digitais: leem livros, revistas, jornais e o que mais vier por meio de computadores, tablets, celulares... apenas os mais velhos ainda se apegam ao papel, por força do hábito.

O terceiro fator são os jornais digitais, onde o Brasil ainda engatinha. Em 2010, o grande Jornal do Brasil se tornou o primeiro jornal digital em todo país. Em 2019 voltou a ser impresso, mas a aventura durou pouco mais de ano e agora é 100% digital. Aos poucos, os grandes jornais brasileiros se rendem ao jornal digital. Apesar de pouco mais de um milhão de assinaturas on-line, a comparação entre o The New York Times norte-americano e O Globo, que possui mais assinantes digitais no Brasil, é vexatória: 7 milhões contra 305 mil assinaturas digitais do matutino carioca.

Essas informações da guerra entre o jornal impresso e o jornal digital, apenas ressaltam o sucesso do LEOPOLDINENSE que continua galhardamente nos dois formatos sob a batuta do incansável Luiz Otávio Meneghite e com o apoio dos leitores que consomem o jornal de papel. Vida longa ao LEOPOLDINENSE impresso que em 2023 completa seus 20 anos!
 


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