22/02/2023 às 20h12min - Atualizada em 22/02/2023 às 20h12min

Carnaval de Leopoldina teve boa estrutura e segurança, mas pecou em shows caros no lugar de apoiar mais os blocos

Muitas agremiações não participaram do Carnaval por falta de condições financeiras

Luciano Baía Meneghite
Boa estrutura na Getúlio Vargas serviu mais a shows que a desfiles. (Foto: Luciano Baía Meneghite)
Grande número de pessoas de Leopoldina e região compareceu na noite de terça-feira gorda na parte asfaltada da avenida Getúlio Vargas, local escolhido pela Prefeitura de Leopoldina para realização da programação oficial do Carnaval 2023.

A estrutura montada incluindo a iluminação e a segurança foram muito elogiadas por quem foi ao local nos quatro dias de festa. Embora a avenida estivesse quase sempre cheia em todas as noites, o trânsito de pessoas fluía bem, sem empurra-empurras.  Também foi bem recebida a volta das escolhas do Rei Momo e Rainha do Carnaval.

O prefeito Pedro Augusto Junqueira Ferraz assim se manifestou através da assessoria de imprensa da prefeitura: “O nosso carnaval de rua foi concluído com um resultado incrível. Levamos alegria para os foliões da melhor maneira possível. Oferecemos boa estrutura, bons shows e uma segurança reforçada. Cumprimos a nossa missão e garantimos uma grande festa. Nosso Carnaval voltou".

Às agremiações que resolveram participar do carnaval, alguns na última hora, como foi o caso do Fajardo & Cia, a Prefeitura ofereceu apoio com cessão de som, segurança, banheiros e tendas.  Carnavalescos elogiaram também a atenção do secretário Alexandre Carlos Moreira e demais funcionários da SECULTUR – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo pela boa vontade e atenção que os recebiam.

As críticas ficaram por conta dos poucos desfiles de blocos registrados do município.  Nenhum recebeu subvenção pública. Alguns claro, não tinham documentação em dia, mas mesmo para os que estavam regulares, não houve verba.  Não estou aqui defendendo que a Prefeitura banque tudo sozinha, mas que haja maior interesse do poder público e comércio em promover a arte local. Carnaval não é só dar divertimento ao público, mas acreditar na capacidade criativa do povo. Se bem feito e com transparência o retorno é grande. 

O carnaval foi oficialmente aberto no sábado por show de integrantes da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis com grande público. Já as bandas Salamandra, Beijo Apimentado, Zumm Balada e BandaHalls dividiram opiniões. Muitos gostaram e dançaram animados, outros acharam caros os preços pagos pela Prefeitura pelos shows de fora da cidade e por estes em sua maioria fugirem dos ritmos característicos do carnaval.   

Já o tradicional carnaval da Praça do Urubu com sambas e marchinhas não ocorreu por falta de acordo entre Prefeitura e comerciantes locais. Apenas alguns poucos movimentos independentes de blocos como o Pó de Giz e Cooper Beer deram algum movimento ao lugar.

Nos distritos, Tebas mais uma vez se destacou com animados desfiles do Bloco da Baiana, G.R.E.S.Corujão da Madrugada, Vem Quem Quer, entre outros. Também teve blocos e shows em Ribeiro Junqueira, Abaiba e Piacatuba.

Na Praça do Chafariz no Pirineus foi realizado pelo Comércio local, escola de samba e blocos, ensaios, batucadas e shows. A prefeitura também apoiou com alguma estrutura. Antes e durante os quatro dias de carnaval. Os dias de maiores movimentos foram no esquenta do dia 12/02 e na segunda e terça-feira gordas, respectivamente dias dos blocos Pé de Cachorro e Bão Igual Bosta. Algumas falhas de programação podem ser melhoradas para o próximo carnaval.

Clubes e bares também realizaram movimentos particulares.

Não foi registrado nenhum incidente mais grave e entre erros e acertos o saldo do carnaval leopoldinense foi positivo.

Confira abaixo algumas fotos da última noite de carnaval na Getúlio Vargas


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