27/04/2023 às 22h23min - Atualizada em 27/04/2023 às 22h23min

Seguem a destruição e furto do patrimônio histórico de Leopoldina

Luciano Baía Meneghite
Como o jornal Leopoldinense já publicou em outra ocasião, o professor Adilson Ramos da Escola Estadual Professor Botelho Reis “Ginásio” realiza o projeto “No Caminho Eu Te Explico”, em que percorre com seus alunos pontos relevantes da história de Leopoldina. Há alguns dias ele registrou o vandalismo e roubo de ornamentos e placas no busto do professor José Botelho Reis na praça que leva seu nome, a popular “Praça do Ginásio”.

Ao lado da Catedral de São Sebastião, o busto do engenheiro e empresário e Ormeu Junqueira Botelho também foi vandalizado. Lembrando que neste caso trata-se de um segundo busto, pois o primeiro foi roubado e reposto pela Energisa. Desta vez houve a tentativa de furto da placa de inauguração. Segundo o funcionário municipal Luciano Lacerda, esta se encontra guardada na Prefeitura.


Busto de Ormeu Junqueira Botelho sem a placa de inauguração


E lá no jardim da Prefeitura, mesmo que tenhamos alertado mais de uma vez, ainda se encontra erroneamente instalada a placa que registra a visita do Imperador D. Pedro II. Uma mentira histórica, pois o Imperador nunca pisou no Paço Municipal, já que em 1881 a Câmara Municipal, então funcionando no local do Clube Leopoldina, era de maioria republicana e recusou-se a recebê-lo. Se o caso é preservá-la, que a instalem na parte de dentro da Casa que o recebeu (Armarinho Brasília) ou a levem para o Centro Cultural.

E lá em frente ao Centro Cultural Mauro de Almeida na Praça Félix Martins o busto do ex-governador Clóvis Salgado que havia sido roubado foi substituído ainda no governo passado por um de fibra de vidro. Foi pago como de bronze ou não? Também há alguns anos os óculos do busto de Custódio Junqueira foram arrancados e não repostos. Há diversos outros exemplos por todo o municipio de vandalismo e roubo de placas, monumentos e objetos do patrimônio em cemitérios, prédios e logradouros públicos.

Em 20 de outubro de 2022 publicamos a matéria “Quem são os receptadores de objetos roubados em Leopoldina? ”  De lá pra cá houve algum tipo de fiscalização em locais que compram materiais recicláveis?  Quem não deve não treme. Pegar os peixinhos é fácil, mas é enxugar gelo.


Professor Adilson e alunos na Praça do Rosário, núcleo urbano inicial de Leopoldina.

 


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