13/08/2023 às 16h07min - Atualizada em 13/08/2023 às 16h07min

Mais do que leis e regulamentos trânsito de Leopoldina precisa de atitude de cidadania

O grave problema vem sendo discutido há anos e ainda faltam quebrar tabus para encontrar a solução.

Edição> Luiz Otávio Meneghite
Trânsito atravancado na rua Barão de Cotegipe (Foto: Luciano Baía Meneghite - 22/05/2023)
O saudoso jornalista e sociólogo José Barroso Junqueira, um dos idealizadores do Jornal Leopoldinense, escreveu certa feita uma série de artigos denominados: ‘Os 5 cravos do prefeito’ nos quais focalizou temas de anseios populares, mas que, todos os leopoldinenses deveriam sentir-se obrigados a colaborar para coloca-los em prática.
 
Elencados vários problemas, entre eles alguns que passados tantos anos ainda afligem a população, o mestre José Barroso Junqueira, propositalmente, deixou por último o caótico trânsito de Leopoldina cuja solução não se resume à sinalização, visto que tudo em excesso atrapalha em vez de ajudar.
 
Em  sua narrativa o jornalista rememorou uma reunião realizada no auditório Antônio Sérgio Lima Freire (Serginho do Rock), quando era presidente do Poder Legislativo, o atual vice-prefeito Antônio Carlos Martins Pimentel, sendo prefeito à época Benedito Rubens Rennó Bené Guedes.
 
A reunião, promovida pela Prefeitura Municipal, contou com a presença de engenheiros, técnicos especializados nessa área, empresários (inclusive de ônibus), políticos, comerciantes e outros interessados no debate, e nela foram tratados exclusivamente assuntos relacionados com o tema proposto e assinaladas as principais falhas encontradas na cidade.
 
Na oportunidade foram expostos aos presentes, os principais problemas do nosso trânsito que pouco mudou de lá para cá, passados 13 anos,  e ele continua sufocando, inibindo, dificultando e complicando a livre circulação de veículos. A ênfase daquele encontro concentrou-se sobre os impactos que um projeto de trânsito pudessem trazer para o perímetro urbano, especialmente para o centro de Leopoldina.
 
Ao final, segundo Barroso, a conclusão foi de que a solução para todos (ou quase todos) os aspectos apresentados, passa, necessariamente, pela adesão comunitária – autoridades, povo, motoristas, moradores – a um pacto de melhoria de tais condições em que cada um, voluntariamente, se proponha também a ser agente ativo dessa transformação e não mero espectador passivo dos acontecimentos por vir.
 
Os problemas encontrados compuseram uma lista de pontos básicos, que foram objeto da exposição e análise, e que são – entre eles – alguns destes:
  • Melhoria e modificação das mãos de direção, a partir da troca de opiniões e sugestões;
  • Prioridade para a segurança dos pedestres;
  • Reeducação para o trânsito como norma permanente de ação;
  • Reestudo do problema dos estacionamentos privativos, situação não prevista nem considerada no Código de Trânsito Brasileito;
  • Placas fantasmas colocadas, à revelia, pelos próprios interessados;
  • Estacionamento a ser permitido, onde houver necessidade, em apenas um lado da via pública;
  • Estudo e definição de melhores lugares para colocação dos sinais de trânsito;
  • Sinais de trânsito diferenciados e mais visíveis no período noturno;
  • Rampas deficientes, mal construídas, que mais atrapalham do que ajudam, por falha na sua construção;
  • Sinalização vertical;
  • Redutores de velocidade, em pontos a serem definidos; e
  • Locais específicos de atenção: praça do Urubu (praça Gama Cerqueira), praça do Ginásio (praça Prof. Botelho Reis) e outros cruzamentos perigosos, por falta de visibilidade.
De qualquer forma, tais problemas do trânsito se agravam cada vez mais, inclusive, porque o número de veículos acrescentados quase diariamente aos já existentes, faz com que o seu contingente aumente. Como conseqüência, pode causar em futuro próximo e previsível um colapso no trânsito de Leopoldina, dificilmente sanável, se não forem tomadas medidas urgentes, imediatas, racionais desde agora. E, como foi dito, trata-se de, mais do que leis e regulamentos, uma atitude de cidadania, à qual todos os leopoldinenses deveriam sentir-se obrigados. O grave problema vem sendo discutido há anos e ainda faltam quebrar tabus para encontrar a solução.
 
Fonte> Arquivo do Jornal Leopoldinense


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